contorcionistas passageiros
fique só ao meu lado
deixo apenas
de ser-me
ainda.
o rio é denso
.
de desejo mas
de pulsos caídos
e de violência travestida de boas intenções
,
fique cá só
ao lado de minha mão. poros no chão, juntos
mambembes de muita vida
nua
para poucos.
somos contorcionistas passageiros
daquele ardor
.
que nos atravessa
quase de nós
.
pulsionantes
descendo
rio espesso
.
mas aceso