ÁRVORE DE MIM (Série Poema no Poema) ROBERTA LESSA

PELA TERRA O SALINO LÍQUIDO TRANSMUTA EM SEIVAS
Raízes entrelaçam-se sem nunca nem jamais se consumirem.
SER SEIVA QUANDO RESTA APENAS O SUMO DO SER

PELA RAMA O LIQUIDO LEITOSO TRANSMUTA EM GALHOS
Seivas consomem-se sem nunca nem jamais tocarem se.
SER GALHO QUANDO RESTA  APENAS O SUGO DO SER

PELO CAULE O LEITOSO SEMEM TRANSMUTA EM FOLHAS
Galhos tocam-se sem nunca nem jamais romperem se.
SER FOLHA QUANDO RESTA APENAS O MUSGO DO SER

PELO FRUTO O SEMEM FLORAL TRANSMUTA EM FRUTOS
Folhas rompem-se sem nunca nem jamais mirarem se.
SER FRUTA QUANDO RESTA APENAS O SEMEAR O SER

PELO BROTO A FLOR ESPIRAL TRANSMUTA EM BROTOS
Frutos miram-se sem nunca nem jamais saborearem se.
SER BROTO QUANDO RESTA APENAS O GERMINAR O SER

PELA SEMENTE A ESPIRAL SEMEADA TRANSMUTA EM SEMENTE
Brotos saboreiam se sem nunca nem jamais deliciarem se.
SER SEMENTE QUANDO RESTA APENAS O AGUARDAR O SER

PELA RAIZ A SEMEADURA SALINA TRANSMUTA EM BRUMA
Sementes deliciam se sem nunca nem jamais entrelacarem se
SER RAIZ QUANDO RESTA APENAS O OCASIONAR O SER

Dedico ao poeta piracicabano Marcel Ducatti Colpas Colpas

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Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 19/09/2018
Reeditado em 19/09/2018
Código do texto: T6453671
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