AFETOS E DESAFETOS – A GÊNESE
Continuando com o relato do nosso protagonista masculino dentro do grupo essencialmente feminino, de mulheres que sofreram muito e ainda continuam sofrendo devido o comportamento de seus companheiros...
A. – Na realidade, eu tenho um tempinho agora, então vou falar pra vocês. Tudo começou, os primeiros passos foram em conversas. Eu gosto muito de um grupo de amigos que tenho, de um grupo de alunos que tenho, e a gente conversava muito, a gente falava de coisas, onde, por exemplo, a pessoa que está com uma pessoa, não gosta, não fala sobre aquilo, gosta muito de filmes, de séries, de outras coisas, então esse grupo falava muito. Ai a gente começava a conversar pelo whatsapp, quando eu estava caminhando, fazendo exercícios, e a gente começa a conversar... você não consegue ver nada acontecendo, você não percebe no início, não percebe os sentimentos lhe atraindo, e nisso, pode acreditar, você não percebe as emoções fluindo. E você vai caminhando, você vai todos os dias conversando alguma coisa, você vai falando, você vai brincando, você vai vendo coisas comum, você vai tendo brincadeiras, tal, não brincadeiras maliciosas, mas brincadeiras. E de repente surge uma palavra, surge outra, e depois de um tempo você começa a sentir falta de conversar com aquela pessoa, e daí que os seus sentimentos começam a aflorar, e você ainda não percebe que isto está acontecendo. Você pega o celular, conversa, brinca, diz alguma coisa, e depois de algum tempo você começa a sentir saudade, não é mais falta, você começa a sentir saudade. Você começa a querer todo o tempo está com o celular na mão como se fosse um vício, conversando com aquela pessoa. E aquela coisa, ela começa a lhe dominar aos poucos. E até esse momento, acredite em mim, você não percebe que a coisa chegou a esse ponto. Você começa a perceber que a coisa chega a um ponto quando você já está dentro daquele negócio. Quando você não consegue mais sair. Quando os sentimentos, os pensamentos, eles dominam você. Eles dominam a sua vida, como se você fosse escravo daquilo que você sente.
A. – Parece que o seu Eu, a sua moralidade, todas essas coisas parecem que foram trancadas em algum lugar. E muitas vezes é como se você gritasse para você mesmo e dissesse assim: isto está errado! Eu tenho que parar com isso, pelo amor de Deus, mas é como se você fosse outra pessoa, alguém que lhe dominasse. É como a Bíblia diz mesmo: desejo da carne, a paixão. E quando você se apaixona por uma pessoa o seu corpo tem reações. Quando você tenta deixar, quando você tenta se afastar, quando você passa muito tempo longe do celular, você fica sentindo falta de ouvir a voz, você fica sentindo falta de estar perto, você fica sentindo falta de ter um contato. Quando há alguma coisa e a pessoa lhe trata mal, sei lá... tá na TPM ou alguma coisa, você enlouquece, não quer pegar o celular, você acha que é um monstro, que é uma pessoa ruim, que você é o demônio em pessoa, mas esse sentimento lhe agarra, você tem reações no corpo, fica com dor de cabeça, fica com as pernas queimando, as costas queimando, eu fico angustiado, as vezes eu choro, já chorei orando, pedindo a Deus que me ajudasse, que tirasse isso do meu coração, que tirasse isso da minha mente. Já me abracei com a pessoa que eu estava num relacionamento firme, chorando com ela, você entendeu? Pedindo desculpas a ela e ela sem saber o que era. Você quer tirar isso do coração, quer tirar isso da mente, você quer que isso saia de você, mas isso não sai. Isso lhe domina completamente, você não consegue dormir muitas vezes, você não consegue comer. Você pensa 24 horas, é como se fossem amarras que lhe amarram, que você não tem domínio sobre seu ser, que você não tem domínio sobre suas emoções, sobre seus pensamentos. Você vive como se fosse uma prisão, você se sente mal, você se sente angustiado, eu já chorei como criança pedindo a Deus que tirasse isso de mim. Mas a pessoa não consegue passar, por exemplo, duas, três horas sem falar, sem mandar uma mensagem, sem interagir, sem dizer alguma coisa. Não é da forma que muitas pessoas pensam, e muitas vezes só entende quem passou por isso. Eu não estou dizendo que as outras pessoas, que ficaram com vocês, que traíram, que fizeram alguma coisa desse tipo, sentem a mesma coisa que eu. Estou lutando contra isso, acho que estou me debatendo, sem falar, sem mandar uma mensagem, sem interagir, sem dizer alguma coisa. Não é da forma que muitas pessoas pensam, não! E muitas vezes só entende quem passou por isso. Procurei um psicólogo, um psiquiatra, estou tomando remédios pra me aguentar, porque eu estou lutando contra esse sentimento, entendeu? Lutando contra essa paixão arrasadora que estou sentindo. E eu vejo, eu consigo ver toda desgraça, toda destruição da minha família, de tudo, dos meus amigos, dos julgamentos que isso vai dar, das pessoas falarem, olharem pra mim, acharem mal das coisas que estou fazendo, mas eu sou prisioneiro de uma coisa que eu não consigo evitar...
S. – Mas a outra parte está envolvida também? Ela é ciumenta ou algo assim?
Continuando com o relato do nosso protagonista masculino dentro do grupo essencialmente feminino, de mulheres que sofreram muito e ainda continuam sofrendo devido o comportamento de seus companheiros...
A. – Na realidade, eu tenho um tempinho agora, então vou falar pra vocês. Tudo começou, os primeiros passos foram em conversas. Eu gosto muito de um grupo de amigos que tenho, de um grupo de alunos que tenho, e a gente conversava muito, a gente falava de coisas, onde, por exemplo, a pessoa que está com uma pessoa, não gosta, não fala sobre aquilo, gosta muito de filmes, de séries, de outras coisas, então esse grupo falava muito. Ai a gente começava a conversar pelo whatsapp, quando eu estava caminhando, fazendo exercícios, e a gente começa a conversar... você não consegue ver nada acontecendo, você não percebe no início, não percebe os sentimentos lhe atraindo, e nisso, pode acreditar, você não percebe as emoções fluindo. E você vai caminhando, você vai todos os dias conversando alguma coisa, você vai falando, você vai brincando, você vai vendo coisas comum, você vai tendo brincadeiras, tal, não brincadeiras maliciosas, mas brincadeiras. E de repente surge uma palavra, surge outra, e depois de um tempo você começa a sentir falta de conversar com aquela pessoa, e daí que os seus sentimentos começam a aflorar, e você ainda não percebe que isto está acontecendo. Você pega o celular, conversa, brinca, diz alguma coisa, e depois de algum tempo você começa a sentir saudade, não é mais falta, você começa a sentir saudade. Você começa a querer todo o tempo está com o celular na mão como se fosse um vício, conversando com aquela pessoa. E aquela coisa, ela começa a lhe dominar aos poucos. E até esse momento, acredite em mim, você não percebe que a coisa chegou a esse ponto. Você começa a perceber que a coisa chega a um ponto quando você já está dentro daquele negócio. Quando você não consegue mais sair. Quando os sentimentos, os pensamentos, eles dominam você. Eles dominam a sua vida, como se você fosse escravo daquilo que você sente.
A. – Parece que o seu Eu, a sua moralidade, todas essas coisas parecem que foram trancadas em algum lugar. E muitas vezes é como se você gritasse para você mesmo e dissesse assim: isto está errado! Eu tenho que parar com isso, pelo amor de Deus, mas é como se você fosse outra pessoa, alguém que lhe dominasse. É como a Bíblia diz mesmo: desejo da carne, a paixão. E quando você se apaixona por uma pessoa o seu corpo tem reações. Quando você tenta deixar, quando você tenta se afastar, quando você passa muito tempo longe do celular, você fica sentindo falta de ouvir a voz, você fica sentindo falta de estar perto, você fica sentindo falta de ter um contato. Quando há alguma coisa e a pessoa lhe trata mal, sei lá... tá na TPM ou alguma coisa, você enlouquece, não quer pegar o celular, você acha que é um monstro, que é uma pessoa ruim, que você é o demônio em pessoa, mas esse sentimento lhe agarra, você tem reações no corpo, fica com dor de cabeça, fica com as pernas queimando, as costas queimando, eu fico angustiado, as vezes eu choro, já chorei orando, pedindo a Deus que me ajudasse, que tirasse isso do meu coração, que tirasse isso da minha mente. Já me abracei com a pessoa que eu estava num relacionamento firme, chorando com ela, você entendeu? Pedindo desculpas a ela e ela sem saber o que era. Você quer tirar isso do coração, quer tirar isso da mente, você quer que isso saia de você, mas isso não sai. Isso lhe domina completamente, você não consegue dormir muitas vezes, você não consegue comer. Você pensa 24 horas, é como se fossem amarras que lhe amarram, que você não tem domínio sobre seu ser, que você não tem domínio sobre suas emoções, sobre seus pensamentos. Você vive como se fosse uma prisão, você se sente mal, você se sente angustiado, eu já chorei como criança pedindo a Deus que tirasse isso de mim. Mas a pessoa não consegue passar, por exemplo, duas, três horas sem falar, sem mandar uma mensagem, sem interagir, sem dizer alguma coisa. Não é da forma que muitas pessoas pensam, e muitas vezes só entende quem passou por isso. Eu não estou dizendo que as outras pessoas, que ficaram com vocês, que traíram, que fizeram alguma coisa desse tipo, sentem a mesma coisa que eu. Estou lutando contra isso, acho que estou me debatendo, sem falar, sem mandar uma mensagem, sem interagir, sem dizer alguma coisa. Não é da forma que muitas pessoas pensam, não! E muitas vezes só entende quem passou por isso. Procurei um psicólogo, um psiquiatra, estou tomando remédios pra me aguentar, porque eu estou lutando contra esse sentimento, entendeu? Lutando contra essa paixão arrasadora que estou sentindo. E eu vejo, eu consigo ver toda desgraça, toda destruição da minha família, de tudo, dos meus amigos, dos julgamentos que isso vai dar, das pessoas falarem, olharem pra mim, acharem mal das coisas que estou fazendo, mas eu sou prisioneiro de uma coisa que eu não consigo evitar...
S. – Mas a outra parte está envolvida também? Ela é ciumenta ou algo assim?