AH! ESTES MEUS VERSOS...

AH! ESTES MEUS VERSOS...

Na quietude desta tarde

Faço a costumeira sesta.

Dou repouso aos meus neurônios

E refaço o que me resta.

Mas os versos não aderem

E, rimando, fazem a festa!

Às vezes, falam de amor,

Outras mais, de solidão.

Relembram tempos passados...

Sacodem meu coração

E, decididos, me deixam

Caneta e papel, na mão.

Reluto contra essa ideia

Pois preciso descansar...

Aproveitar o silêncio,

Mandar o estresse pro ar!

Escutar os passarinhos

Que alegres, vão a cantar

Num trinar de belas vozes,

Em alada sinfonia.

Com a luz de que são capazes

Dão um show de melodia

E meu coração adentram

Devolvendo-me alegria!

Sopra a brisa perfumada

Que vem dos jardins floridos

E o meu coração recorda

Tempos azuis, bem vividos

Da juventude distante,

Junto aos meus entes queridos.

O belo Sol, majestoso,

Em berço de ouro e grená

Se despede, deslumbrante!

É hora de repousar

Renovar sua energia.

No dia seguinte, voltar!

O tempo passa voando...

Já é, pois, final do dia.

A natureza adormece

Ao toque da Ave Maria.

Ao escrever estes meus versos,

Não repousei... Mas queria!

*

Fortaleza, 18/08/2018

Maria de Jesus Araújo Carvalho

Maria de Jesus
Enviado por Maria de Jesus em 18/08/2018
Código do texto: T6423211
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