Por outros olhos que não os meus
Olhando as paredes que me cercam
Sinto que vou regredir, devagar
Distante escuto pouco da conversa
Sobre eu estar perdido
Aguardo paciente feito o sol
Que ilumina a minha casa
E esquenta a cabeça
Como se fosse um castigo ficar
O embolo de esperar alguém
Só pra me tirar de casa, em qualquer circunstância
Por baixo dessa mesma estampa
Inocência em abundância
Vive o mesmo pau que espanca
As palavras na cabeça
Até que desça suave e quente, acalanto
Como você espera de mim
Doce e surpreendente
Abre os braços à qualquer coração
Preenchendo o vazio do que amou errado
E viu em mim a oportunidade da redenção
Libertação dos males do teu próprio ego
Eu, mais uma vez, à frente de tudo isso
Não vai doer tanto da próxima vez