ÁRVORE DE MIM (Série Poema no Poema) ROBERTA LESSA

Raízes entrelaçam-se sem nunca nem jamais consumirem-se.

Seja eu o caminho para suas pernas seguirem e permitirem distancias.

Seivas consomem-se sem nunca nem jamais tocarem-se.

Seja eu o alimento para suas bocas consumirem e saciarem instancias.

Galhos tocam-se sem nunca nem jamais romperem-se.

Seja eu o vento para seus braços abrirem e amenizarem pendências.

Folhas rompem-se sem nunca nem jamais mirarem-se.

Seja eu o desejo para seus dedos tocarem e migrarem em essências.

Frutos miram-se sem nunca nem jamais saborearem-se.

Seja eu o lampejo para seus olhos ampliarem e orarem em eloquências.

Brotos saboreiam-se sem nunca nem jamais deliciarem-se.

Seja eu o rebento para seus ouvidos olvidarem e unirem em valências.

Sementes deliciam-se sem nunca nem jamais entrelaçarem-se.

Seja eu o útero para seus sonhos ampliarem e partirem em potências.

Dedico ao poeta Marcel Ducatti Colpas

Imagem : Internet

Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 05/08/2018
Código do texto: T6409903
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.