DANDI
DANDI
Quando era criança,
Ganhei um gatinho.
Era muito fofo
Todo mourisquinho.
Tinha olhos azuis...
Como era lindinho!
Achado na rua
Fora abandonado.
Miando... Miando...
Fraquinho e cansado.
Quem procede assim,
É muito malvado!
Depois, foi crescendo...
Ficou bem gordinho.
Brincava, feliz
Era danadinho
E não dispensava
Gostoso leitinho.
Às vezes, subia
Na árvore mais alta.
Ao chegar ao topo
Ligeiro e peralta
Lá, fica medroso
Por isso, não salta.
E como eu sofria!
Tristonha, chorava.
Então, um bom vizinho
Subia e o tirava
E o meu coração,
Tranquilo ficava.
Meu gatinho Dandi,
Da infância, querer!
Como fosse um filme,
Vim te descrever
E por toda vida
Não vou te esquecer.
*
Fortaleza, 03/08/2018