Arte e vida

Meu violão em mau estado,

estava num canto guardado,

seu som já meio arranhado,

gemia de tristeza e de dor.

Levaste-o então moribundo,

sumiste com ele no mundo,

à saudade acorrentado,

hesitei em perguntar-te o que fez?

Lembrei-me dos tempos de outrora

quando eu tocava e cantava,

dos meus arpejos sonoros,

fechava os olhos, sonhava!

Eia pois retornaste,

empunhando em mãos meu violão.

Que maravilha, que ventura!

A ele ressuscitastes!

Fizeste uma obra de arte,

de mestre na habilidade,

à minha espera pôs fim,

desperta em novidade!

Embora agora só cante,

voltou o pródigo à casa,

outras mãos o dedilharam...

mesma paz, mesma alegria, mesma sonoridade!

pauljsav
Enviado por pauljsav em 31/07/2018
Código do texto: T6405979
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