BANHO DE CUIA

BANHO DE CUIA

Quando eu era inda criança

Minha mãe me conduzia

A tomar banho no rio.

Era tudo o que eu queria

Mas tinha muito receio:

Se me afogasse, morria!

Lá no rio da Cartuxa

Que corria caudaloso

Entre pedreiras e plantas

Num trajeto sinuoso

Eu me banhava no raso

Mesmo assim, era gostoso.

Tomar um banho de cuia

Era tudo o que eu fazia

Pois, nadar e mergulhar

Lamento! Não conseguia.

A minha mamãe querida

Nadar e mergulhar, sabia.

As margens sempre lotadas.

Nas árvores, passarinhos...

Banhistas por sobre as pedras

Pegavam um bronze lindinho

E eu ficava a apreciar

Querendo aprender tudinho.

O maiô não existia...

Cada qual ia à vontade.

O importante era curtir

Rio cheio... Novidade!

Presente da Natureza

À minha nobre cidade.

Existem lá, outros rios

Represa e açudes também.

Que Deus os conserve cheios

Para o nosso próprio bem.

Água potável na mesa

Peixes e frutos. Amém.

*

Fortaleza, 25/07/2018.

Maria de Jesus A. Carvalho

Maria de Jesus
Enviado por Maria de Jesus em 25/07/2018
Reeditado em 24/08/2018
Código do texto: T6399808
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