Realidade ou ficção
Egos fantásticos
23 de Setembro de 2015 às 23:38
Que ilumina o tão concentro
personagem inanimado, longe
de conhecer a sua própria realidade.
Estala os olhos e se mostra intelectual
a ponto de não se afastar, da
figura prepotente, gerente
que foi, o centro poente de muita
gente, hoje já não mais se mostra
pelo cair da pele, e da aparência.
Pobre, coitado tão desamado,
e em desalinho com a harmonia
que pressupõe no seu agir,
onde vai deixando o rastro de sua fama,
de um cargo, onde foi colocado pelo
glamour da existência, e ainda
se acha hoje na trilha, como o bom
e poderoso chefão.
Mas se lembra os tempos de juventude
que faz uma graça da calça boca de sino,
entre os anos 50 ou 60, apaixonado pela posição,
brinca um pouco com as histórias de futebol,
os shows de grande alcance, e os escritores que
deixaram o seu legado, olha ainda para aparência
antiga de um Blazer Pierre Cardin, em tom azul
marinho ou um verde musgo, cores da época ,
hoje já totalmente destruída pelas traças,
e pelo apego dos valores,
de um executivo sonhador.
Onde não via a vida e nem mesmo
sabia de tudo isso, e ainda consegue
respirar em suas antigas feridas, algo que
lhes corrói o corpo. E quando vê alguém que
nunca se destacou, não consegue enxergar o que
não viu, ou não via, a ponto de invejar e vai
se incomodando a ponto de achar que aquele
João ninguém ainda está vivo, um simples funcionário,
lúcido e saudável, aí para e pensa consigo mesmo, qual
foi a fórmula mágica, dessa personagem
tão maravilhosa, que eu nunca reconhecia antes,
e por dentro, sente um vazio tão deselegante,
do inconformismo, e passa a destacar
os grandes escritores do passado, para mostrar
um pouco do seu intelectual, que se instala
e manifesta em seu peito, porém agora em desalinho
com a moral, pelo desconforto que sente.
Essa é a maior prova de como cultivar, a vida
e a alma, se não depende apenas do valor e nem
mesmo da posição social ou profissional, que
vivenciou.
Nesse caso as aparências não negam o
brilho de um asfalto, com um sol bem quente
e escaldante, de uma peça teatral, que a vida lhe
mostra em seu vigor, além do vazio assustador,
ao se ver hoje, como o tal João ninguém que antes
prejulgava perante, ex-posição de glamour profissional e social
que vivia.
Essa foi a realidade, que plantou
na vida, que não mais volta atrás,
mas lhe mostra como ainda está e aí
para ver as suas antigas fotos guardadas
em seus arquivos, passa a mão
em seu certificado de nível superior.
E simplesmente se afasta,
porque não aguentam o peso do
hoje a que necessita segurar,
versus o peso da vaidade
que já se passou.
Por: Pedro Rombola
Egos fantásticos
23 de Setembro de 2015 às 23:38 hs