E quem?
Minha alma gira em torno da esperança do amanhã
Não sou aquela que está, mas me enxergo nela com tamanha clareza
Vivo das possibilidades escuras que de longe avisto
Caminho sobre um rio de frases não ditas
Procuro entre as falas do passado uma memória que me trai
As lembranças que tenho insistem na inverdade do vivido
Já não sou alguém que protagoniza o esperado
Calo-me no aguardo de tua procura
Silencio-me diante do teu esquecimento
O tempo há de te apagar, faísca inoportuna de felicidade.