ÍDOLOS DE BARRO
Crianças sem jardins
Nos calçamentos dos tempos brincam
Nas praças ao céu aberto córregos
Esgotos nas estradas e ruas
Pastam rede de desgostos
Fatais hospitais
Viadutos mortais
Túneis de só ratazanas e baratas
Pontes canalizando lixo
Esgotam as escolas a fome
E a vida ânfora vazia.
Vagam em pés descalço
Idolatras multiplicam-se na calada das noites
Humoso chão.
PHANDORA-030409.