EMINÊNCIA PARDA
Pretos escuros negros todos somos pardos mulatos caboclos cabo-verdenses nego não nego sim com muita cor com muita melanina menina preta espreita o meu cabelo carapinha na lata da mulata equilibrada no meio do cerebelo moreno veloso velame vela o meu funeral filho de gana esgana a tua sede de anteontem me conte por que tantos pretos em guetos ugandas zimbabue vão tocando um berimbau só negros bacanas em havana encantei-me com a preta de pretória palmatória da negra edite mestra maior já falei isso aqui não é Haiti e ai de ti se não provar os quitutes da dadá não dá pra entender por que pérola negra me abandonou onde só sinto a presença da eminência parda de uma outra anita.