André Zanarella Recanto das Letras <andrezanarellarecanto@gmail.com>
15:53 (Há 17 horas)
para mim
Recanto das Letras15:32 (Há 18 horas)
para mim
18/10/17 15:32 - André Zanarella
NORMA Escolhi seis poetas para deixar o txt abaixo que eu gosto
muito... assim como gosto das coisas que voce escreve... beijo
=== CASAMENTO e/ou O AMOR ===
Aos que não casaram, aos que vão casar, aos que acabaram de casar, aos
que pensam em se separar, aos que acabaram de se separar, aos que
pensam em voltar...
Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado uma ótima posição
no ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga. Tudo o que
todos querem é amar. Encontrar alguém que faça bater forte o coração e
justifique loucuras. Que nos faça entrar em transe, cair de quatro,
babar na gravata.
Que nos faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um
ônibus lotado. Tem algum médico aí? Depois que acaba esta paixão
retumbante, sobra o que? O amor. Mas não o amor mistificado, que
muitos julgam ter o poder de fazer evitar. O que sobra é o amor que
todos conhecemos, o sentimento que temos por mãe, pai, irmão, filho. É
tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe sexo. Não existem
vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades,
quatro de ódio, seis espécies de inveja. O amor é único, como qualquer
sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus. A
diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a
sedução tem que ser ininterrupta. Por não haver nenhuma garantia de
durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de
cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser
eterna.
Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá. Lindo, mas insustentável. O
sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver
muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão
intenso. É preciso que haja, antes de mais nada, RESPEITO. Agressões
zero.
==========>>>>>>CONTINUA NO PROXIMO POST
Recanto das Letras15:32 (Há 18 horas)
para mim
18/10/17 15:32 - André Zanarella
NORMA Escolhi seis poetas para deixar o txt abaixo que eu gosto
muito... assim como gosto das coisas que voce escreve... beijo
=== CASAMENTO e/ou O AMOR ===
Aos que não casaram, aos que vão casar, aos que acabaram de casar, aos
que pensam em se separar, aos que acabaram de se separar, aos que
pensam em voltar...
Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado uma ótima posição
no ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga. Tudo o que
todos querem é amar. Encontrar alguém que faça bater forte o coração e
justifique loucuras. Que nos faça entrar em transe, cair de quatro,
babar na gravata.
Que nos faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um
ônibus lotado. Tem algum médico aí? Depois que acaba esta paixão
retumbante, sobra o que? O amor. Mas não o amor mistificado, que
muitos julgam ter o poder de fazer evitar. O que sobra é o amor que
todos conhecemos, o sentimento que temos por mãe, pai, irmão, filho. É
tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe sexo. Não existem
vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades,
quatro de ódio, seis espécies de inveja. O amor é único, como qualquer
sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus. A
diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a
sedução tem que ser ininterrupta. Por não haver nenhuma garantia de
durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de
cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser
eterna.
Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá. Lindo, mas insustentável. O
sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver
muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão
intenso. É preciso que haja, antes de mais nada, RESPEITO. Agressões
zero.
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*Amor é enigma*?
Optar é renunciar. Entregar-se, por exemplo, a um amor é abandonar outros. E, do que se renuncia e abandona, pode provir, depois arrependimento.
Afastar-se de um amor, ainda que, opção feita por lúcidas razões, pode gerar, adiante, a frustração pelo que se deixou de viver.
Os casos de amor vivem rondados por frustração ou arrependimento. Não o amor, que é íntegro, irrefutável, cristalino e indubitável: mas os amantes seus portadores. Quase sempre o tamanho do amor é maior que o dos amantes.
O que cerca as pessoas que se amam é sempre uma teia de limitações que o leva à disjuntiva: frustração ou arrependimento. Ou quem ama se entrega ao sentimento e se atira nos braços do outro para, depois, se arrepender do que abandonou para entregar-se ao amor, ou se afasta, cheio de lucidez, para, adiante, sentir frustração pelo que deixou de viver.
Estes estão na categoria assim definida de modo cruel mas lúcido por Goethe: "no amor, ganha quem foge...Ou como disse o grande Orizon Carneiro Muniz: "no amor, é mais forte quem cede".
Na juventude tudo isso fica confuso porque esta é uma etapa da vida envolta em uma névoa amorosa que a torna radical na busca da felicidade.
O jovem ainda não se defrontou com as terríveis e dilacerantes divisões internas de que é feita a tarefa de viver e amar, aceitando as próprias limitações, confusões, os caminhos paralelos e contraditórios das escolhas, dentro de um todo que, para se harmonizar, precisa viver as divisões, os sofrimentos e os açoites das mentiras e enganos que conduzem as nossas verdades mais profundas.
Séculos de repressão do corpo e de identificação do prazer com o pecado ou o proibido fizeram uma espécie de cárie na alma.
É um buraco, um vazio, uma impossibilidade viver o que se quer, uma certeza antecipada de que o amor verdadeiro gera ou arrependimento ou frustração.
Viver implica, pois, aceitar essa dolorosa e desafiante tarefa: a de enfrentar o amor como a maior das maravilhas e que se nos apresenta sob a forma de enigma.
Tudo o que se move dentro do amor está carregado de enigmas. E com o enigma dá-se o seguinte: enfrentá-lo não é resolvê-lo. Mas quando não se o enfrenta, ele (enigma) nos devora.
Enfrentar o enigma mesmo sem o deslindar, é aquecer e encantar a vida, é aprender a viver; é amadurecer. Exige trabalho interior penoso, grandeza, equilíbrio e auto-conhecimento.
O contrário não é viver: é durar.
_Artur da Távola_
Optar é renunciar. Entregar-se, por exemplo, a um amor é abandonar outros. E, do que se renuncia e abandona, pode provir, depois arrependimento.
Afastar-se de um amor, ainda que, opção feita por lúcidas razões, pode gerar, adiante, a frustração pelo que se deixou de viver.
Os casos de amor vivem rondados por frustração ou arrependimento. Não o amor, que é íntegro, irrefutável, cristalino e indubitável: mas os amantes seus portadores. Quase sempre o tamanho do amor é maior que o dos amantes.
O que cerca as pessoas que se amam é sempre uma teia de limitações que o leva à disjuntiva: frustração ou arrependimento. Ou quem ama se entrega ao sentimento e se atira nos braços do outro para, depois, se arrepender do que abandonou para entregar-se ao amor, ou se afasta, cheio de lucidez, para, adiante, sentir frustração pelo que deixou de viver.
Estes estão na categoria assim definida de modo cruel mas lúcido por Goethe: "no amor, ganha quem foge...Ou como disse o grande Orizon Carneiro Muniz: "no amor, é mais forte quem cede".
Na juventude tudo isso fica confuso porque esta é uma etapa da vida envolta em uma névoa amorosa que a torna radical na busca da felicidade.
O jovem ainda não se defrontou com as terríveis e dilacerantes divisões internas de que é feita a tarefa de viver e amar, aceitando as próprias limitações, confusões, os caminhos paralelos e contraditórios das escolhas, dentro de um todo que, para se harmonizar, precisa viver as divisões, os sofrimentos e os açoites das mentiras e enganos que conduzem as nossas verdades mais profundas.
Séculos de repressão do corpo e de identificação do prazer com o pecado ou o proibido fizeram uma espécie de cárie na alma.
É um buraco, um vazio, uma impossibilidade viver o que se quer, uma certeza antecipada de que o amor verdadeiro gera ou arrependimento ou frustração.
Viver implica, pois, aceitar essa dolorosa e desafiante tarefa: a de enfrentar o amor como a maior das maravilhas e que se nos apresenta sob a forma de enigma.
Tudo o que se move dentro do amor está carregado de enigmas. E com o enigma dá-se o seguinte: enfrentá-lo não é resolvê-lo. Mas quando não se o enfrenta, ele (enigma) nos devora.
Enfrentar o enigma mesmo sem o deslindar, é aquecer e encantar a vida, é aprender a viver; é amadurecer. Exige trabalho interior penoso, grandeza, equilíbrio e auto-conhecimento.
O contrário não é viver: é durar.
_Artur da Távola_