SOBRE COISAS QUE NADA SEI (Série Poema No Poema) ROBERTA LESSA
SOBRE O NADA SER
Vezes me percebo nada, e nada percebo ser.
Vezes me vejo nada e nada vejo ter.
Vezes me desejo nada e nada desejo abastecer.
Vezes me sinto nada e nada sinto conhecer.
Vezes me enfatizo nada e nada enfatizo querer
Vezes me compreendo nada e nada compreendo dizer.
Vezes me transformo nada e nada transformo arrefecer
SOBRE NADA PARA SE QUERER SER
Quando nada é verbo, é como se flutuasse meus aquoso pensamento.
Quando nada é pronome, é como se indefinisse coisa alguma.
Quando nada é mestra, é como se minha alma estivesse guardada.
Quando nada é medida, é como se a coisa fosse ínfima.
Quando nada é advérbio, é como se fossemos pura negação.
Quando nada é substantivo, é como se fossemos o não ser.
Quando nada é símbolo, é como se uníssemos signos opostos.
SOBRE NADA TUDO
SOBRE O NADA SER
Vezes me percebo nada, e nada percebo ser.
Vezes me vejo nada e nada vejo ter.
Vezes me desejo nada e nada desejo abastecer.
Vezes me sinto nada e nada sinto conhecer.
Vezes me enfatizo nada e nada enfatizo querer
Vezes me compreendo nada e nada compreendo dizer.
Vezes me transformo nada e nada transformo arrefecer
SOBRE NADA PARA SE QUERER SER
Quando nada é verbo, é como se flutuasse meus aquoso pensamento.
Quando nada é pronome, é como se indefinisse coisa alguma.
Quando nada é mestra, é como se minha alma estivesse guardada.
Quando nada é medida, é como se a coisa fosse ínfima.
Quando nada é advérbio, é como se fossemos pura negação.
Quando nada é substantivo, é como se fossemos o não ser.
Quando nada é símbolo, é como se uníssemos signos opostos.
SOBRE NADA TUDO