ESCANCARADA (Série Poema No Poema) ROBERTA LESSA
QUANDO ABRIR SEUS OLHOS
há edifícios vazios que desabitam almas
ABRA TAMBÉM SUAS DEIDADES
QUANDO ABRIR SUAS MÃOS
há precipícios profundos que margeiam sonhos
ABRA TAMBÉM SUAS ESPERANÇA
QUANDO ABRIR SEUS PÉS
há comícios ordinários que atordoam mentes
ABRA TAMBÉM SUAS CIDADES
QUANDO ABRIR SUA BOCA
há suplícios torpes que abortam sedes
ABRA TAMBÉM SUAS VONTADES
QUANDO ABRIR SEU OUVIDOS
há indícios nulos que ampliam legados
ABRA TAMBÉM SUAS SANIDADES
QUANDO ABRIR SUA FACE
há artifícios doutos que permeiam loucos
ABRA TAMBÉM SUAS VERDADES
QUANDO ABRIR SEU PEITO
há benefícios duplos que roubam cenas
ABRA TAMBÉM SUAS VONTADES
QUANDO ABRIR SEUS OLHOS
há edifícios vazios que desabitam almas
ABRA TAMBÉM SUAS DEIDADES
QUANDO ABRIR SUAS MÃOS
há precipícios profundos que margeiam sonhos
ABRA TAMBÉM SUAS ESPERANÇA
QUANDO ABRIR SEUS PÉS
há comícios ordinários que atordoam mentes
ABRA TAMBÉM SUAS CIDADES
QUANDO ABRIR SUA BOCA
há suplícios torpes que abortam sedes
ABRA TAMBÉM SUAS VONTADES
QUANDO ABRIR SEU OUVIDOS
há indícios nulos que ampliam legados
ABRA TAMBÉM SUAS SANIDADES
QUANDO ABRIR SUA FACE
há artifícios doutos que permeiam loucos
ABRA TAMBÉM SUAS VERDADES
QUANDO ABRIR SEU PEITO
há benefícios duplos que roubam cenas
ABRA TAMBÉM SUAS VONTADES