Aurora da manhã

Abrem-se as cortinas do céu

(Sois esplendor)

Meus olhos maravilham-me

Resplandece nas profundezas de minha alma álgida

Regozijo-me em teu abraço

Presenteia aos mortais o que lhes é revelado

Segredos que há muito guarda

Não te vás, não te apresses!

O júbilo que nos foi roubado!

Ainda que possa me aquecer,

o tempo dissolve a chama mais brilhante

Mas de certo voltarás

Apazigua-me as tempestades

Toma-me como teu

e seremos como um

Cesar de Andrade
Enviado por Cesar de Andrade em 25/08/2017
Reeditado em 19/11/2017
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