DESEJOS SUBJUGADOS (Série Poema No Poema)ROBERTA LESSA
DESEJO CEGUEIRA DE OLHOS BEM ABERTOS, DESPERTOS E APRECIADORES DE PORES DE SOL.
Diante do nada que sou o desejar é também forma de transitar por entre o insólito universo do imaginar.
 
DESEJO ELEITOS PROFANOS À PROFANADORES ELEITOS.
Diante do nada que vejo o desejar é também forma de transladar por entre o caquético universo do esperar.
 
DESEJO POETAS MALDITOS QUE A MALDIÇÃO DA INÉRCIA POÉTICA.
 Diante do nada que quero o desejar é também forma de amparar por entre  o longínquo universo do prosperar.
 
 DESEJO TRILHAS LIBERTAS DA ASFIXIA DO ASFALTO SOBRE O VERDE.
 Diante do nada que espero o desejar é também forma de desesperar por entre o transgredido universo do profanar.
 
DESEJO O SORRISO AMPLIADO EM NUVENS QUE PASSAM TEMPESTADES ILUSÓRIAS.
Diante do nada que percebo o desejar é também forma de anunciar por entre o inatingível universo do superar.
 
DESEJO A LÂMINA QUE DEVORA ÚTEROS OCOS DO SER QUE PODERIA UM DIA SER VIVO.
 Diante do nada que sonho o desejar é também forma de velejar por entre o absurdo universo do encantar.
 
DESEJO ABISMOS PROFUNDOS COM MOTIVOS DE SALTOS.
 Diante do nada que proponho o desejar é também forma de renunciar por entre o interlúdio do escapar.
Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 09/06/2017
Código do texto: T6023098
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