CULTURA DE TRADIÇÃO (Série Reflexiva) ROBERTA LESSA
Proponho uma breve e superficial reflexão:
Além de tantas questões existentes à nível das produções culturais na humanidade, tão importantes entre si, há também a temática das tradições folclóricas e populares praticada pelos que então denomino fazedores de tradição.
Engloba-se neste complexo contexto temas entre tantos outros como artesanato, medicina, cosmogonia, culinária, literatura, artes plásticas, dança, música, religião, enfim práticas cotidianas que são consideradas banais por serem muitas vezes imperceptíveis, mesmo praticadas cotidianamente.
É necessário despir-nos de alguns melindres sociais e desenvolver a percepção de que cada produção cultural de tradição se desenvolve à margem dos padrões aceitáveis daquilo que é comumente chamados desenvolvidos. Partindo do pré suposto que esse comportamento é coerente com a conjuntura de uma sociedade vigente e analisando com o devido e necessário distanciamento, vemos em nossa contemporaneidade resquícios de similaridades e transitam por entre diversas culturas e etnias em tempos diferenciados.
Podemos assim desenvolver uma linha de pensamento de que o que antes era comum e usual, hoje muitos consideram como atrocidade de uma civilização primitiva. Em uma outra ótica verificamos o fato de que são essas influencias a gênese de muitos dos comportamentos grupal u individual, e que por diversos motivos e ou intensões, a sociedade imperceptivelmente condicionou-se à aceitação de ocorrências que podem seres consideradas desumanas, mas que são praticadas mesmo assim, à ponto de até considerarmos normais; como o eram na época de nossos ancestrais primevos.
Nas diversas culturas desde o início da civilização percebemos na humanidade inúmeros e infindos comportamentos distintos que transitam entre ações de subjugações e liberdade de expressão, atrocidades e solidariedade, conceitos de beleza padronizados em conveniência à um período, enfim é um processo de composição da identidade dos seres humanos e que modificam-se ou permanecem gerando assim facetas diferenciadas em um mesmo coletivo.
Observa-se também que a humanidade ainda está em seu processo evolutivo e por assim sê-lo sua produção cultural também se desenvolve nessa mobilidade e adaptações.
A exemplo disso podemos supor que se um povo mais civilizado que nós, em um tempo longínquo à nossa frente acessassem resquícios de nossa sociedade, poderia-nos considerar, por exemplo que nossa alimentação à base de carne é primitiva deveras, ou como outro exemplo, o ato de sustentar empreendimentos religiosos à um Deus não físico, um ato de insanidade. Verificariam que esse comportamento social estaria totalmente equivocado e fora dos seu padrões de normalidade.
O que seríamos para eles?
A tradição folclórica e popular transite nas diversas etapas do tempo e espaço de forma migratória e se mescla com os valores de cada nicho que a produz, muitas vezes mantida em sua originalidade, outras aculturadas às novas realdades e valores. Nossos ancestrais que nos deixaram de legado suas tradições, e aceitando ou não elas são partes do que somos e permanecerão até quando a humanidade existir.
Seremos realmente seres imperfeitos aprendendo a melhorar a si mesmo?
Fica essa questão para que possamo refletir a forma que direcionamos as práticas sociais
Além de tantas questões existentes à nível das produções culturais na humanidade, tão importantes entre si, há também a temática das tradições folclóricas e populares praticada pelos que então denomino fazedores de tradição.
Engloba-se neste complexo contexto temas entre tantos outros como artesanato, medicina, cosmogonia, culinária, literatura, artes plásticas, dança, música, religião, enfim práticas cotidianas que são consideradas banais por serem muitas vezes imperceptíveis, mesmo praticadas cotidianamente.
É necessário despir-nos de alguns melindres sociais e desenvolver a percepção de que cada produção cultural de tradição se desenvolve à margem dos padrões aceitáveis daquilo que é comumente chamados desenvolvidos. Partindo do pré suposto que esse comportamento é coerente com a conjuntura de uma sociedade vigente e analisando com o devido e necessário distanciamento, vemos em nossa contemporaneidade resquícios de similaridades e transitam por entre diversas culturas e etnias em tempos diferenciados.
Podemos assim desenvolver uma linha de pensamento de que o que antes era comum e usual, hoje muitos consideram como atrocidade de uma civilização primitiva. Em uma outra ótica verificamos o fato de que são essas influencias a gênese de muitos dos comportamentos grupal u individual, e que por diversos motivos e ou intensões, a sociedade imperceptivelmente condicionou-se à aceitação de ocorrências que podem seres consideradas desumanas, mas que são praticadas mesmo assim, à ponto de até considerarmos normais; como o eram na época de nossos ancestrais primevos.
Nas diversas culturas desde o início da civilização percebemos na humanidade inúmeros e infindos comportamentos distintos que transitam entre ações de subjugações e liberdade de expressão, atrocidades e solidariedade, conceitos de beleza padronizados em conveniência à um período, enfim é um processo de composição da identidade dos seres humanos e que modificam-se ou permanecem gerando assim facetas diferenciadas em um mesmo coletivo.
Observa-se também que a humanidade ainda está em seu processo evolutivo e por assim sê-lo sua produção cultural também se desenvolve nessa mobilidade e adaptações.
A exemplo disso podemos supor que se um povo mais civilizado que nós, em um tempo longínquo à nossa frente acessassem resquícios de nossa sociedade, poderia-nos considerar, por exemplo que nossa alimentação à base de carne é primitiva deveras, ou como outro exemplo, o ato de sustentar empreendimentos religiosos à um Deus não físico, um ato de insanidade. Verificariam que esse comportamento social estaria totalmente equivocado e fora dos seu padrões de normalidade.
O que seríamos para eles?
A tradição folclórica e popular transite nas diversas etapas do tempo e espaço de forma migratória e se mescla com os valores de cada nicho que a produz, muitas vezes mantida em sua originalidade, outras aculturadas às novas realdades e valores. Nossos ancestrais que nos deixaram de legado suas tradições, e aceitando ou não elas são partes do que somos e permanecerão até quando a humanidade existir.
Seremos realmente seres imperfeitos aprendendo a melhorar a si mesmo?
Fica essa questão para que possamo refletir a forma que direcionamos as práticas sociais