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     O apaixonar-se pela literatura de determinado período nos faz questionar o quanto somos abastecidos por ela, o quanto o gene dessa necessária continuidade cultural torna-se um processo de crescimento intelectivo e vivencial, isso de forma gradual e (in) felizmente irreversível. Atualmente com a percepção de afirmativas de que somos seres em evolução ou optamos pelo baixo nivelamento do grau de nossas percepções, ou somos por nós mesmos impelidos a revolucionar formas de pensamentos e re valoração daquilo que desejamos acessar e ter como padrão de conduta, escolhas e posicionamentos.
     
     Resta-nos o questionar do porque nos negamos diuturnamente ao exercício do livre pensar, da introdução da boa produção literária, enquanto algo que os eleve como ser social e culturalmente providos, abastecendo-nos de um fremente desejo de continuidade de acesso a saberes diversificados e multiplicados em seus conceitos e práticas, mesmo que antagônicas e ou complementares. Há escritores que se primam em seus sublimes e necessários talentos, que permeiam o lúdico e o concreto, oferecendo ao mundo uma nova forma artística de se compreender o outro, a si, os objetos que nos são oferecidos à convivência.
 

 
 
 
Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 02/06/2017
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