Minha queda
Eu caí.
Caí mal, da rasteira que você deu.
E meus joelhos se encheram de sangue
e meus olhos de lágrimas,
minha boca secou de saliva e de palavras,
e eu quis te amaldiçoar e quis desaparecer.
Mas o sangue e as lágrimas serviram para me lembrar
que eu vivo, e que sofro,
que sinto remorso e arrependimento,
de uma forma que você é incapaz
Tuas lágrimas são de água e sal, mas não são de dor,
são tão falsas quanto tuas palavras,
vazias de verdade.
Por isso eu digo. Sofro, choro e sangro, por que sou homem e sou vivo,
e você faz por não o ser,
por fingimento.
Você é oca,
Fria
seca,
Falsa.
Teu peito é pasto morto e não floresce
Teu “amor” só mata e só destrói.
Quase morto e destruído
eu olho pra trás e penso no tempo que perdi
no que desperdicei,
e nessa dor que ainda me corrói.