Minha queda

Eu caí.

Caí mal, da rasteira que você deu.

E meus joelhos se encheram de sangue

e meus olhos de lágrimas,

minha boca secou de saliva e de palavras,

e eu quis te amaldiçoar e quis desaparecer.

Mas o sangue e as lágrimas serviram para me lembrar

que eu vivo, e que sofro,

que sinto remorso e arrependimento,

de uma forma que você é incapaz

Tuas lágrimas são de água e sal, mas não são de dor,

são tão falsas quanto tuas palavras,

vazias de verdade.

Por isso eu digo. Sofro, choro e sangro, por que sou homem e sou vivo,

e você faz por não o ser,

por fingimento.

Você é oca,

Fria

seca,

Falsa.

Teu peito é pasto morto e não floresce

Teu “amor” só mata e só destrói.

Quase morto e destruído

eu olho pra trás e penso no tempo que perdi

no que desperdicei,

e nessa dor que ainda me corrói.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 17/05/2017
Código do texto: T6001758
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