SARAU AO LUAR EM ONIRÓPOLIS

Amo estar aqui, nesses bosques onde o silêncio grita forte anunciando tempos de paz e calmaria. É gratificante vir aqui onde a eternidade parece um minuto e um instante infindável.

Geralmente um amigável ou tempestuoso vento tem-me servido de condução até Onirópolis. Percebo que estou a evoluir, pois desta vez, num franzir do nariz, num piscar de olho, quando me dou por mim, estou aqui, frente aos pórticos de “Somnia Urbis”, a Cidade dos Sonhos. Portais esculpidos em cálidos blocos monolíticos de gelo pelo talentástico ‘graffiti artist’ Rivas, iluminados por raios lunares refratados cuidadosamente por minúsculos prismas óticos. É indizível a sensação que invade meu interior.

Como de costume, saio a passear pelas alamedas alinhadas nas laterais por imponentes ciprestes que baloiçam ao sabor do vento. Passo pelo Deyse’ Solar, Ethiel não está por lá. O mesmo acontece quando passo por Araripina’s Dream, toco no carrilhão de cristal, ouço belíssimo glissando no ar, mas nada de o Sor Jacó Filho. “Apenas um aviso sonoro: “Estou na Domus Mariæ Iesu”, recepcionando um novo habitante de Somnia Urbis”.

Assim sigo, como de costume, à procura de alguém para conversar. Nem Aíla Brito, nem Ana Stoppa, ninguém em casa. Devem ter ido recepcionar o novo vizinho. Quem será? Decido ir à casa da Maria de Jesus e olha só quem encontro com meus concidadãos dos sonhos! Eia pois, não é o Antenor Rosalino!

_ Lo mê credero (não acredito)! Sê tê, Tenor! Setê bim-venit!

_ Sor Od! Lastic naíme lasê avtê pô! (Mestre, Od! Prazer imenso estar com você aqui!)

Em Onirópolis tudo é festa. Tudo é poesia e isto não pode passar batido.

Mariæ Iesu recita um Luxsons composto especialmente para essa ocasião.

FINAL DE TARDE EM ONIRÓPOLIS

(LUXONS - LXXII).

Feliz, posso contemplar

O pôr do sol carmesim...

Tenho a sanfona nos braços,

No banco do meu jardim.

Boleros, tangos e rocks

E uma saudade sem fim!

O dia está morrendo...

Estrelas já vão surgindo...

Brilhantes pingos de luz,

Invadem o céu, cobrindo.

A Lua, em quarto minguante,

Acena que vai saindo.

Ó Deus! Vem riscando o cosmo

U’a linda estrela cadente.

Produz rastro luminoso,

Se esvaindo, finalmente...

E o “Poeta das Estrelas”

Aparece, de repente.

Fica surpreso ao me ver.

Com jeito fino, elegante

Senta-se para escutar

Canções do tempo distante...

E declama seus poemas

Em lírico deslumbrante.

Eis que chega Mestre OD

Do seu refúgio nublar.

Convida o Mestre Antenor

Pra ali, então, vir morar

Por ser um nobre poeta,

E ter belo versejar.

Enquanto demais poetas

Alegres, vêm chegando,

Um grande círculo faz-se.

Seus versos vão declamando,

Estrelas no céu, sorrindo...

Eu, na sanfona, tocando!

Mestre OD feliz, dedilha

O órgão de tubos nublares.

Poeta Antenor Rosalino

Eleva em sua voz, aos ares

Meu poema preferido:

Seu “Amarras Estelares”

Aplaudimos efusivamente. Aproveito e replico em um mix de Onirês e Português:

Saudando ao Antenor Rosalino:

Setê bim-vinito al Somina Urbis!

(Seja bem-vindo a Onirópolis!)

Zê Laro sê exclumodo letê.

Sê zup mino av orizinte napsicarpo.

(Esta casa é exclusivamente tua.

Que seja mina de brilhantes poesias.)

Ao que o Mestre Antenor replica.

ACALANTO DE AMIGOS

A querida poetisa

Assim, bela a auscultar

O frenesi de sua lira

- Sob o sol crepuscular -,

Manuseia sua sanfona

Com fascínio sublimar!

Num cenário de acalanto,

Quando a tarde vai morrendo,

Doces mantras se deslumbram

Em presságio absorvendo

A suavidade da noite

E todo belo acrescendo.

Chego calmo e me aproximo

Com largo sorriso aberto

E para minha surpresa

O meu coração liberto

Recebe preciosos mimos...

Se esvai meu olhar deserto!

Tenho o privilégio e a honra

De ser chamado em cognome

“O poeta das estrelas”

Por escriba de renome:

Linda “poetisa de amores”

Por mim chamada em antenome.

Maria de Jesus Carvalho

Recebe com fino trato

A todos que se aconchegam

E tudo ganha aparato

Com a chegada repentina

De quem traz desiderato:

O mestre João Esmeraldo

Que para meu regozijo

Também saúda aquiescente

Minha presença e meu siso.

E assim os amigos queridos

Desfazem, pois meus abismos.

Todos o aplaudimos calorosamente.

Maria de Jesus acompanha todos com belíssimos improvisos em sua sanfona acompanhada por Jacó Filho que desce o arco em seu mavioso violino. Ainda tocando, declama seu mais recente poema:

Mestre Jacó Filho

A meta de evadir-me da metrópole,

Coincidiu com a viajem a Juazeiro.

Conheci o mestre OD em Onirópolis,

Que me recebe como seu herdeiro...

Duvidando se estaria eu acordado,

Belisquei-me pra comprovar ser real,

E agora sou morador do principado,

Aonde ser poeta fez-me filho natural...

Vem chegando o Mestre George Gimenes tirando versos de improviso:

TERRA DOS SONHOS

Será que o sonho acabou?

Como a queda da Bastilha

Uma bomba estourou

Bem no meio de Brasília;

Fogo, a delação tacou,

Pouca gente escapou,

Presa na própria armadilha.

U'a vergonha sem igual

Se vê nessa camarilha,

É de âmbito nacional

A extensão dessa quadrilha,

Cansam não de fazer mal

Lá e cá, et cetera e tal,

Depois vão para a partilha.

Mas o povo faz também

Sua parte nessa quilha

E, se uma chance tem,

Caminha na mesma trilha,

Aproveita, se convém

Dá trambique de vintém,

A nação está maltrapilha.

Por isso vou pra Orinópolis,

Navegando na flotilha

Atrás deixo Florianópolis

(Pasárgada é fanfarrilha),

Não careço de um Petrópolis,

Digo adeus para Patópolis,

Alegre, a alma fervilha.

***

Valeu, Amigo!

Bem-vindo à Terra dos Sonhos!

Eu me empolgo e ataco em Encantosia...

NUBLONEIO EM ONIRÓPOLIS

Tudo saiu como planejado.

Na dita Semana Santa,

Decidimos veranear,

Assim, fomos planear...

Do turismo, lazerópolis,

Águas termas, a jorrar,

Rio Quente a transbordar...

Caldas Novas, a cosmópole,

Pedacinho de Onirópolis.

Lugar bom pra relaxar,

Ótimo pra veranear,

Também, dos sonhos, a Acrópole.

O calor logo convida

Nas piscinas mergulhar,

Que, de quente borbulhar,

Mergulho, feliz da vida.

De lazer, múltipla opção,

Quase difícil escolher...

Tanta alegria pra colher,

Regalos pro coração.

Em cada canto, emoção,

Tristeza vai recolher.

Cá, na Alameda dos Sonhos,

Que a chamo de Encantosia,

Tem, das musas, cortesia,

Sem esses pesares bisonhos,

Nem os pensares tristonhos...

Inspiração vem a mil,

Causa até disritmia,

No coração, só alegria,

Por cima, o céu todo anil,

Um chão de estrela e poesia.

Oh, Somnia Urbis, a alma poles,

Quando adentro em Onirópolis.

CONCEIÇÃO GOMES, mora ao lado de Maria de Jesus, em seu Paço de Cristal, com exuberante jardim finamente cultivado com vasta diversidade de flores, pássaros canoros das mais variadas espécies voejando e trilando os mais belos trinados. Junta-se ao nosso sarau espontâneo.

Minha alma malcriada

Vai desbravando fronteiras

Aperta laços, desata nós

Liberdade, eis os caminhos.

E, em seguida, no mais puro e fluente Onirês...

Nha ânima mal blumito

Vazê zipito edgi

Taizê tai, lotai nôdi

Friisito, cá-sei dereni.

Ouve-se um silente aplauso cearês, em crescente estalidos de dedos.

_ Bravo, Conceição Gomes! _ Todos em coro.

Aos poucos, se achegam mais e mais queridos poetas...

_ Um belo fim de tarde com boas cirandas, Sir Od! Um fraterno abraço.

_ Bem-vindo, Jô Pessanha! Deixem seus poemas na recepção e tome posse de sua propriedade. _ E, voltando-se para todos: _ Bim-vinit al Sôminia Urbis (Bem-vindos a Onirópolis)!

_ Bim-vinit, José Coelho Fernandes! _ Saúda Maria de Jesus.

_ Simplesmente maravilhoso seu trabalho, Maria e Od! Forte abraço. E Deus abençoe a todos!

_ Shara, Jota Coelho!

_ Um espaço primoroso e encantador. Uma feliz páscoa OD.

_ Shara, ELIE!

_ Utav lexot (sem palavras, de nada)! _ Reponde Elie em fluente Onirês.

_ Kristal vera (a mais pura verdade!

Fábio Brandão

_ Mais uma vez nos presenteando com uma obra prima, um abraço e felicidades... Que belo sarau!

_ Shara, Otnapsor ve Frato Fábio! Ha maiso sê letê! (Obrigado, Poeta e Irmão Fábio! A casa é sua!)

_ Aplausos e mais aplausos! _ Alude Davi Alves.

_ Bim-vinit, Otnapsor Davi Alves! Filtê al Laro! (Bem-vindo, Poeta! Sinta-se em casa!).

_ Mas que bela festa, Od! Amei! Realmente inspiradora. As belas interações abrilhantam ainda mais este sarau. Parabéns a todos! Feliz Páscoa!

_ Shara, Aíla!

_ Belíssimo sarau, amigo poeta Od! Onirópolis é a cidade dos sonhos. Aqui tudo é festa,t udo é poesia e os encontros com os amigos! Desejo uma Feliz Páscoa com seus familiares, que Jesus esteja no coração de todos e que as portas que Ele já abriu, conduzam realmente a um caminho de muita luz, Um abraço de paz lhes trago.

_ Shara, Liana Tins! Bim-vinit al Sômnia Urbis!

_ Dá licença! Trago-lhes diretamente de Ulissepona - Portucali, meu apreço em acróstico!

_ Bevakash, Estéfano (Faz favoire, Estevão)!

ONIRÓPOLIS

O.mbreando com os maiores criadores

N.ão há na terra maior honra

I.nspiração transmitida pelo sossego

R.aízes partilhadas e o mesmo gosto pela poesia

O.nírico Parnaso onde todos congregam

P.artilhando saberes e versos

O.lhando o futuro com muita alegria

L.endo o melhor que cada um oferece

I.niciando uma rica era lírica

S.abiamente gerada por alguns ilustres recantistas.

SOMNIA URBIS

S.ombreato av ha meút blumistori

O.h, loish dans épuro trimeút ara

M.eút napsiato legato fur kalmo

N.el compatiato napsfari kai cordel

I.ntro mirato shalong av trisamei

A.l capo ni riki otnapsei

U.nd rizi compatito ha bäst ni al ni zê don

R.idiato iaf otnapsei av or

B.imsito, lykan, al Parnaso lastro

I.m omni plebi al cordel uniti

S.OMNIA URBIS, luzisiti otnapsori.

E não poderia deixar passar esta festa sem a ilustre presença de Milei Helena Luna, nobre poetisa, amiga de longas datas. Morando no Castelo Encantado, encravado entre duas lindas serras, circundado de imponentes ciprestes lunares, bosque de olentes jardineiras flores, a uns 200 m do anfiteatro onde nos reunimos. Declama esta bela poesia.

Ultrapasso a fronteira,

pra poder estar contigo,

sei não serei a primeira,

se for última, eu nem ligo.

Ultratt passira bordeiro,

Fur ken lasê avtê,

sino seshamê ha niísto,

lomê farai, me seíto lastisto.

Então replico:

Sendo a primeira da fila

ou sendo a última, o que importa

és tu, a prima entre todas,

não importa em que ponto desfilas.

Seído ha niísto av cordel

ô sepido lastito, lo portato,

lasê tê, ha niísto dans kuli

Loporte ha dut te stato.

Em seguida, a Poetisa Nativa brilhantemente declama.

Sentindo ainda perdida

Por aqui vou me sentar

Vou ficar observando

Como vou me apresentar.

Deus me livre fazer feio!

Não vim aqui escancarar...

Só dá mais contribuição

Para a festa não parar.

E, em perfeito Onirês, prossegue:

Fileíto yeto luseído,

Fur pô vamê lasent

Vamê lakedo ayíto

Lika vamê lapresen

El fri mê lafar loiafei!

Lomê farcum lanudmê

Unik fur lacontribe

Ki ha triobá jamé finito.

Aplaudo Nativa e todos me acompanham em contínuos aplausos!

_ Ei, Od! Veja só quem está hospedada meu rancho! KKKKKKKKK!

_ Lo credero, Ethiel! Sê tu, Margareth! A quanto tempo não nos vemos!

_ KKKKKKKKKKKK! É mesmo, mas eu não perderia essa festa, esse Sarau por nada nesse mundo! É o melhor sarau que já tenha participado Trouxe este 'otnapsito'. KKKKKKKKKKKK!

MINHA CIDADE ONÍRICA!

Sobre a ribalta musga montanhosa

Descortina o astro rei o sol luzente

Irradia vida luz ele é benevolente

Nascem os dias em cor- de- rosa,

Sobre montes às vezes escarpados

Íngremes prumos dos dias em declive

Chega ao topo reluzente sobrevive

Assim a vida... Os dias alongados.

Quando os céus os dias são anis

Ou, a sorrir da aurora em rosicler

Em bel- prazer, antes de o meu transcender

Vou à Onirópolis, dos meus dias pueris.

Danço canto, brinco, ao som de tamboril!

Já em tardança declina o dia à noite vem...

Vago em saudade em nuvens senhoril

Revolve o ser que já não sou mais jovem...

Já meus olhos vê a noite esfumaçada

O luar... Diz-me de uma longa jornada...

Essa “casa” ficará em breve abandonada

Já despondo diviso essa linda alvorada.

* * *

(Assim nossos dias nessa vida aqui.)

Todos a aplaudimos efusivamente. E olha só quem está por aqui também!

_ Bim-vinit, Carlos Alberto! U tê sê liviíto?

_ Ula, Kari plebeíto! Bem alí, ao lado do Jacobson! Oxente! O pernambucaníssimo aqui pede licença aos mestres poetas para adentrar aos Festejos Onireses! Maravilha de poetar e interações radiantes! Fiquei abobado com tudo e aplaudo a todos de pé e ainda pulo e assovio de entusiasmo! Bravo meus queridos! Bravo! Abraços fraternos e beijos poéticos em cada coração! Quero declamar meu preito de honra e gratidão a Onirópolis.

SE EU NASCERA EM ONIRÓPOLIS

Carlos Alberto Souza

Quisera em Onirópolis eu ter nascido

A minha infância então seria brilhante

Cavalgaria unicórnios em montes uivantes

Mil versos de ouro em sua glória esculpido

Lá os musicistas estão sempre a orquestrar

Há bailes todo dia, tem folguedos no salão

Os cordéis e as poesias são enredos do festão

Aos consortes da Metrópole eu também quero saudar!

_ BRAVO! BRAVO! BRAVO! Tribrávi! Você é demais, Carlos! Setê trmeút, Karls! _ Bradamos em uníssono.

_ Também trago meu 'otnapsito'. Eis minha singela participação, de improviso (Rsrsrs!). Bom dia! _ Diz Aíla Brito, temperando a garganta...

OTNAPSITO DE IMPROVISO

A festa está animada

Ouço a sanfona tocar

Escuto risos e falas

Vejo alegria no ar

Jamais poderia faltar

A esta noite afamada

Chego com meu violão

Improviso com louvor

U'a canção sentimental

Ouço juras de amor

Cada casal sonhador

Traz no olhar terna paixão

Onirópolis encanta

Com sua luz e magia

Sonhos que a todo instante

Deixam de ser fantasia

Tudo, tudo é alegria...

Terra bendita e santa!

Todos a aplaudimos com muita intensidade, com bravos, fiut-fiu e grande alarido.

_ Ei, ei! Esperem por mim! Vim de Fusca Encantado e quero também prestar minha homenagem a esta onírica cidade. É espetacular este sarau parabenizo e aplaudo a todos. EIS UMA PEQUENA CONTRIBUIÇÃO. Sabes que sempre pode contar comigo. _ Diz Fernanda Xerez.

_____ SE MEU FUSCA FALASSE ______

Vou passear na beira-mar

Em meu carro que é um fusca

Beleza ninguém me ofusca

Eu nasci para brilhar.

Se seu silêncio eu rogasse

Meus segredos guardaria...

- "Fale só da minha poesia!"

Mas se meu fusca falasse...

_ Estalidos de dedos, à moda alencarina. Bravo! Bravo! Tribrávi!

Também está conosco nesta memorável noite, já quase madrugada, o nosso amado Poeta Fábio Caldeira. Declama com bastante afã o seu Otnapsito.

_ Aqui estamos, querido Bosco!... Um abraço e felicidades... e veja só os que vieram comigo!

_ Bim-vinit, hakul! Bem-vindos, todos! Sim, Norma! Pode falar.

_ Aceitei imediatamente o chamado do Fábio. Aliás você também já me havia convidado. Posso deixar minha contribuição, antes de o Fábio declamar?

_ Mas claro que sim! Prossiga! Somos todos ouvidos.

AO GRANDE SARAU MAJESTOSO

Por: Norma Aparecida S. Moraes

QUÃO GRANDE SARAU MAJESTOSO

TANTOS ESTILOS DE VERSEJAR

COM TANTOS POETAS ESTILOSOS

UM ENCONTRO PARA RELEMBRAR

A VIDA DE RECANTISTA É ASSIM

TODOS ESTÃO SEMPRE JUNTINHOS

NESTE CARINHO QUE NÃO TEM FIM

ALMAS AFINS, TECENDO VERSINHOS

NÃO IMPORTA AONDE MORAMOS

AS ALMAS ESTÃO SEMPRE COMUNGANDO

MESMO LONGE SEMPRE NOS ENCONTRAMOS

DE PARCEIRA TODOS ESTÃO ENCANTANDO

Aplausos, tribrávi, triolei e fit-fius!Assim Norma é ovacionada pelos presentes. Fazendo uso da palavra, Fábio dá sequência...

ONIRÓPOLIS, UM REAL MUNDO DE PAZ PARA OS POETAS

Existe um mundo em plena paz

Onirópolis é o nome desse lugar

Onde o sentido de tudo é a poesia

O poeta vivendo como bem lhe apraz

A cidade dos sonhos é possível encontrar

A guerra entendendo o valor da harmonia

O endereço que nos conduz está no coração

A chave que abre esta porta é a boa vontade

É tanto amor que o ódio perde todo sentido

Cumpre-se o 2º mandamento com disposição

Altruísmo compreendido com naturalidade

Temos o direito de viver sem qualquer gemido

Onirópolis é a realidade do nosso paraíso

Onde a arte dos versos é vista com respeito

Lá possui grande valor cada gesto de carinho

Cada minuto é um motivo de um sincero sorriso

Passa longe de Onirópolis segregação e preconceito

Não tem nenhum significado a palavra desalinho

Os recantistas organizaram um sarau excepcional

Sendo liderado pelo versátil mestre Bosco Esmeraldo

Cada poeta no estilo que melhor consegue o definir

A Norma fez mais um belo decanato experimental

Marcus Rios veio com seu romantismo já esperado

Trovador das Alterosas quis fazer toda turma sorrir

Jacó Filho mostrou porque é o mestre dos sonetos

O mano Miguel Jacó veio com rimas apimentadas

Regina Madeira contribuiu com uma ciranda

Ansilgus mostrou que bons valores não são obsoletos

Adria Comparini Aila Brito estavam bem animadas

Além dos poemas J Estanislau Filho trouxe uma banda

Teve dueto de Apaixonado Jovem e Uma Mulher Um Poema

Com esforço conseguimos trazer Ferreira Estevão da terrinha

Com seu humor de cunho social nos fez refletir Aleixenko Poeta

Elie Mathias demonstrou sua criatividade em um novo tema

Paulo Miranda mostrou que com graça a humanidade caminha

Sô Lalá contra o analfabetismo político nos sabiamente alerta

Silvanio Alves exibia entrevista em acróstico feita comigo

Hluna e Sancardoso sobre inspirações trocavam informações

Teo Diniz deu-me um caloroso abraço que tanto desejava

Ao poeta hics eu disse,tira logo este envio suspenso amigo

Uma mega festa de grandes encontros e grandes emoções

Com parceiros das letras realizava o que eu mais almejava...

Todos nos congratulamos, aplaudimos e nos abraçamos,

E, já a altas horas da madrugada, em Onirish style, antes de cada um ir para seus lares, Maria de Jesus pega a sanfona, Jacobson, seu violino e eu, me assento no órgão nublar para entoarmos com grande garbo e júbilo o HINO OFICIAL DE ONIRÓPOLIS (ANTEMNO OFFICELL AL SOMNIA URBIS), letra, melodia e arranjo de Bosco Esmeraldo, sob a regência do Maestro Od L \©/ Aremse.

HINO OFICIAL DE ONIRÓPOLIS

1

Há um lugar onde tudo é possível,

Lugar onde o que é virtual é real,

Onde o amor, a paz, o bem, surreal...

Cidade dos sonhos que é indizível.

2

Onde os sonhos, pura realidade

Se tornam, ante os olhos do poeta,

Regalo da musa predileta...

Tangem liras com virtuosidade.

Refrão:

O amor nos traz grande inspiração,

Eleva-nos em suave harmonia,

Transborda de paz o coração,

Nos versos diversos da poesia.

Do encanto dos encantos, és metrópole,

Em ti me encontro feliz, risonho,

És, de fato, Cidade dos Sonhos,

Lar dos Poetas, bela Onirópolis!

3

Quando me sinto triste ou vazio

Em teu regaço sou renovado,

Em teus bosques, me sinto inspirado,

Logo me alento, leve, sadio.

4

Paço dos Poetas, onde encontramos

Bardos confrades, pura amizade,

Boa convivência, sem falsidade,

Quais bons irmãos, compartilhamos.

Repete o refrão:

5

Para aqui chegar, sem mais permeios,

Montado no dorso de um bom vento,

Teletransporte, de sota-vento,

Ou de acopip, sempre há um bom meio.

6

Num devaneio, producente ócio,

Num lapso, ausente, vieses éticos,

Busco inspirado, versos poéticos.

Tento domar tal ego indócil.

Repete o refrão:

7

Cá, neste lugar tudo é possível,

Flutuamos entre o virtual é real,

Onde o amor governa em tom surreal...

Cidade de sonho, inconfundível.

8

Do encanto dos encantos, és metrópole,

Em ti me encontro feliz, risonho,

És, de fato, Cidade dos Sonhos,

Lar dos Poetas, bela Onirópolis!

Repete o refrão:

Versão em Onirês:

ANTEMNO OFFICELL AL SOMNIA URBIS

1

Ish ni plats var kul sê meilichable

Plats var zê ki sê virtuelo sê verklig

Var lif, shal, habim, Overkligt

Omnia urbis, zê sê otroligable.

2

Var drommari, orizito verklighet

Morfezê, altiei av Otnapsitor,

Gheva av muse plis lifiíto...

Pleilu salter av virtuositet

Ovstô:

Halif donenu meút napsiíto

Uveralt nu in lius harmoni

Uveralt al shal hacore nue

Al meút napsilaine in otnapsito.

Av sharm av sharmei, zê primaurbis

Dans tê, mê faindmê skrattar

Sezê Stad Av Drommar

Hem av oieteram avlor, Somnia Urbis.

3

Kun filme losamei ô emptito

Dans kiéros tue, semê uusito,

Dans bushi tue, filme nuitunito,

Zás hingtusmê, valito, salutito.

4

Paltsi av otnapsitori, u fainu

Bardi kofrati, kristal huvisito,

Bim kunlivito, ut falsito,

Lykan bim frati, kunshernu.

Toistéia ha ovstô:

5

Al hia laraivzê, sê zê meút helpio,

Sur bak av bim lufto,

Distaporto, ighenst-lufto,

Ô av acopip, ivar ish bim midio.

6

In mindo flaio, labrito oci,

In laps, utiar, via etikito,

Sikmê animisito, cordli otnapsito,

Traimê lakeshit ek undoci.

Toistéia ha ovstô:

7

Hia, dans cê plats kul canable,

Flutnu dans virtuelo kai verklig,

Var lif, shal, habim, overkligt

Omnia urbis, zê sê otrolable.

8

Av sharm av sharmei, zê primaurbis

Dans tê, mê faindmê skrattar

Sezê Stad Av Drommar

Hem av oieteram avlor, Somnia Urbis.

Toistéia ha ovstô:

* * *

***************************

A ciranda continua em aberto.

Aquele que quiser participar e ter parte em Onirópolis, é só se achegar com qualquer contribuição literária sobre Onirópolis e receberá de imediato uma possessão em Somnia Urbis.

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Obs.: Onirês tem raízes de palavras em vários idiomas ou dialetos, principalmente o português, à guisa do crioulo. Alguns termos regionais contraídos como resgate, tomando por empréstimo o jeito sui generis

de o mineiro e o nordestino falarem. Alguns traços de sueco como meio

de homenagear a grande e saudosa banda sueca ABBA. Há traços de

latim, inglês, francês, italiano, russo, hebraico, grego e do grupo anglo-germânico.

Porque criei o Onirês, idioma oficial de Onirópolis)?

Por um simples ato de neuróbica, exercício neuro-mental

destinado a manter sempre os neurônio em atividade, de

modo que retarde a senilidade e uma prevenção contra e

possível retardamento do Mal de Alzheimer ou Esclerose

Múltipla. Certamente meu ânimo e memória estão cada

mais em ordem e em alta, desde que resolvi fazer a

Academia Tico e Teco.

Od L'Aremse M. Peterson

Alelos Esmeraldinus, Maria de Jesus A. Carvalho, Margareth DSL, Davi Alves, Antenor Rosalino, George Gimenes, Jacó Filho, Georges Gimenes e Conceição Gomes e outros
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 12/04/2017
Reeditado em 26/04/2017
Código do texto: T5968914
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