FINAL DE TARDE EM ONIRÓPOLIS - LUXSONS LXXI.

FINAL DE TARDE EM ONIRÓPOLIS

(LUXSONS - LXXI).

Feliz, posso contemplar

O pôr do sol carmesim...

Tenho a sanfona nos braços,

No banco do meu jardim.

Boleros, tangos e rocks

E uma saudade sem fim!

O dia está morrendo...

Estrelas já vão surgindo...

Brilhantes pingos de luz,

Invadem o céu, cobrindo.

A Lua, em quarto minguante,

Acena que vai saindo.

Ó Deus! Vem riscando o cosmo

U’a linda estrela cadente.

Produz rastro luminoso,

Se esvaindo, finalmente...

E o “Poeta das Estrelas”

Aparece, de repente.

Fica surpreso ao me ver.

Com jeito fino, elegante

Senta-se para escutar

Canções do tempo distante...

E declama seus poemas

Em lírico deslumbrante.

Eis que chega Mestre OD

Do seu refúgio nublar.

Convida o Mestre Antenor

Pra ali, então, vir morar

Por ser um nobre poeta,

E ter belo versejar.

Enquanto demais poetas

Alegres, vêm chegando,

Um grande círculo faz-se.

Seus versos vão declamando,

Estrelas no céu sorrindo...

Eu, na sanfona, tocando!

Mestre OD feliz, dedilha

O órgão de tubos nublares.

Poeta Antenor Rosalino

Eleva em sua voz, aos ares

Meu poema preferido:

Seu “Amarras Estelares”

E OD em bom Onirês

Saúda Antenor Rosalino:

“Setê bim-vinito al Somnia Urbis!

Seja bem-vindo a Onirópolis!

Zê Laro sê exclumodo letê.

Sê zup mino av orizinte napsicarpo.

Esta casa é exclusivamente tua.

Que seja mina de brilhantes poesias”

*

Maria de Jesus A. Carvalho

Maria de Jesus e OD L'AREMSE M. PETERSON (JOÃO BOSCO ESMERALDO)
Enviado por Maria de Jesus em 10/04/2017
Reeditado em 20/04/2018
Código do texto: T5967361
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