o tempo e eu

Quantas noites então, que eu perdi a hora, e vi o tempo se escorrer pela madrugada. Quantas vezes perdi o sono, so de me lembrar que não me esqueci.

Eu me prometi,

Quantas vezes já,

Tentar me esquecer, de fato.

Mas esse esquecimento nunca é um fato. É uma possibilidade distante,

Quando no fundo você quer manter na memória, um pedaço que seja

De toda uma história.

A nossa história, no caso.

A história do nosso caso,

E eu fico me repetindo, com as palavras e com todo o resto.

Mas que resto? Será que sobrou alguma coisa ainda pra se agarrar?

Eu queria me prender em algo a mais do que lembranças.

Porque o tempo tem a mania de amarelecer as coisas. Amores e brigas e rancores ficam feito foto velha... Anacronicos e fora de contexto.

Talvez o tempo te amareleça na minha cabeça, com talvez tenha feito comigo na tua.

Então o tempo

Talvez seja a minha resposta

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 04/04/2017
Reeditado em 04/04/2017
Código do texto: T5960929
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