DÁDIVA DO PENSAR MALDITO (Série Reflexiva Mente)ROBERTA LESSA/JACÓ FILHO
Busquei na poesia como o que o real sentido da vida adiciona ao viver quase que cartesiano. Logo rememorei ferida de esperas ardentes por mim geradas.
- Ah... o quanto falta para que eu seja uma boa auxiliadora, o quanto esse volver apesar de generalizado, transtorna leveza e escassez nas conclusões terminais dos estradas e caminhos por mim traçados.
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Pensei na heresia como o que o real sentido da vida condiciona ao viver quase que aquariano. Logo desonrei aquecida de alegorias prepotentes por mim construídas.
- Ah... O quanto falta para que eu seja uma boa encantadora, o quanto esse esquecer apesar de generalizado, transborda realeza e polidez nas condições fenomenais dos ébrios e nobres por mim inventados.
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Dancei na periferia como o que o real sentido da vida proporciona ao viver quase que puritano. Logo amaldiçoei aturdida de volúpias dormentes por mim estigmatizadas.
- Ah... O quanto falta para que eu seja uma boa interlocutora, o quanto o mover apesar de fracionado, transmigra esperteza e sordidez nas elucubrações iniciais dos sonhos e sorrisos por mim movimentados.
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Sentei na encenação como o que o real sentido da vida adiciona ao viver quase que mundano. Logo desmistifiquei compadecida de delícias mudas por mim representadas.
- Ah... O quanto falta para que eu seja uma boa representadora, o quanto o encenar apesar de identificado, mostra dureza a solidez nas representações cruciais dos remos e ritmos por mim a representados.
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Desejei na musica como o que o real sentido da vida sonoriza ao viver quase que insano. Logo desafinei entristecida de relíquias roucas por mim embrutecidas.
- Ah... O quanto falta para que eu seja uma boa cantadora, o quanto o canto apesar de amaciado considera singeleza e fluidez nas emoções animais dos ritmos e romances por mim cantados.
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Acrescentei na pintura como o real sentido da vida colore a vida quase que gregoriano. Logo desandei enfurecida de tinturas colossais por mim ostentadas.
- Ah... O quanto falta para que eu seja uma boa pintora, o quanto a pintura apesar de colorido espiritualiza a nobreza e pequenez conceituais dos sabores e valores por mim buscados.
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Compreenderei na arte como o real sentido da vida ousa artesanar a vida quase que espartano. Logo descartei enternecida de misturas mentais por mim provocadas.
- Ah... O quanto falta para que eu seja uma boa artesã, o quanto a cultura, apesar de facetada não mais me culturaliza a beleza e lucidez nas artes dos rumores e remadores por mim buscados.
EM DIÁLOGO COM O POEMA "JUNTOS AMOR E VERDADE", DE AUTORIA DE JACÓ FILHO.
ACESSO EM: http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5937425