Amour

Amar, as vezes dói.

e não tem como se estar preparado,

satisfatoriamente.

O amor, eu sei... é foda.

Todo mundo acha que sabe o que significa,

todo mundo tem uma resposta fácil

e muitos enchem a boca para dizer

"eu te amo"

Mas o amor, o tal amor romântico é uma coisa bruta

violenta e invasiva.

Vai nos rasgando por dentro

sem anestesia, como um parasita

devorando a carne da sua vítima

Uns tentam afogá-lo, na cerveja, no vinho, na cachaça

outros, tentam sufocá-lo com fumaça,

mas o amor, resiste, doentio,

amargando...

Já virando loucura.

E quando morre, tenta nos levar junto para a cova.

Ah, o amor.

Cansei de procurar respostas,

Fico mesmo com minhas perguntas e minhas dúvidas,

levo-as comigo para o quarto,

espalho-as como pétalas de rosa,

nas camas das mulheres com quem me deito.

O amor não é uma metralhadora, Pablo Calazans.

O amor é um rifle,

e nós todos somos alvos.

Caímos e somos substituídos...

estou no chão, meu amigo.

com meu fígado arrasado demais

para outra dose.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 14/02/2017
Reeditado em 08/06/2018
Código do texto: T5912504
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