Soneto #036: SEM VEZ, EM SENILIDADE

Esta saudade que me invade o peito

Vem-me aflorando em modo assaz. E vi

Passagens nítidas que então vivi,

Me vêm surgindo, divagando ao leito.

Levar-me deixo na viagem terna,

Vai massageando, n'alma traz lembrança

Dos idos tempos em que fui criança,

Brinco sem medo e sem censura externa.

Sem nostalgia, pulo as más memórias,

Pra novamente não sofrer as dores

Do que passei sem ter noção de nada.

Na adolescência, mocidade alada,

Rápida foi nem senti. De humores

De hoje oscilantes, já sem brilho ou glórias.

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(Acentuação tônica na 4ª, 8ª e 10ª sílabas)

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 07/02/2017
Reeditado em 08/02/2017
Código do texto: T5905668
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