BIGODE DE BODE (Série Memorial Pessoal) RLESSA
Ontem, mas um ontem de há muito tempo atrás, tive um amigo de nome Totó:
Garboso com seu olhar quase charmoso dedicando aos que com ele prestassem muitas, mas muitas atenções. Parecia que conhecia todos os meus pensamentos.
- Totó me carregava por todo o grande quintal de minha intensão.
Charmoso com seu teimar quase belicoso deliciando aos que com ele surpreendessem em muitas, mas muita ilusões. Conhecia que sabia todos os meus sentimentos.
- Totó me afagava por todo o grande terreiro de minha imaginação.
Cuidadoso com seu saltar quase jocoso diferenciando aos que com ele aprendessem em muitas, mais muitas lições. Sabia que abria todos os meus julgamentos.
- Totó me sossegava por todo o grande braseiro de minha anunciação.
Silencioso com seu bufar quase genioso rejubilando aos que com ele alimentassem em muitas, mas muitas atenções. Abria que nutria todos os meus alentos.
- Totó me intrigava por todo o grande momento de minha comemoração.
Tinhoso com seu andar quase amistoso anunciando aos que com ele caminhassem em muitas, mas muitas estações. Nutria que bebia todos os meus fragmentos.
- Totó me fitava por todo o grande horizonte de minha percepção.
Perigoso com seu berrar quase saudoso prenunciando aos que com ele rumassem em muitas, mas muitas invenções. Bebia que corria todos os meus fomentos.
- Totó me aguçava por todo o grande instante de minha definição.
Cheiroso com seu gabar quase pomposo renunciando aos que com ele duvidassem em muitas, mas muitas discussões. Corria que parecia todos os meus portentos.
- Totó me espiava por todo o grande desenvolvimento de minha revolução.
OBS.: Totó fora um imenso bode branco, com quem brincava todos os dias em uma quase infinda infância de há décadas atrás...