CAMINHOS
Corro quase sozinho
Colhendo flores no caminho
Comendo uvas-passas
Com ideias devassas
Censuro tudo fora de mim
Congelo um olhar sem fim
Carrego tudo no peito
Como fosse perfeito
Crio ilusões acéfalas
Capazes? Pessoas bucéfalas
Cada vez mais insanas
Comoções ficam profanas
Corações estão inversos
Cenas teatrais sem versos
Cada artista finge emoção
Claro é que ficaram sem chão.
(Um experimental de Fernanda Xerez
http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/466866)