A mina que cantava rap
Mina que cantava rap
Deu um soul no strap
Vestido azul e leve
As paisagens por cima,
Calça stress
Os vidros fumê, varanda duplex
O medo geral do protesto
Alimentou o improviso fértil
Embolou o riso, projeto
Repentista, flow e métrica
Quebrou serra elétrica
Falou menos, linguagem poética
O dom da rima profética
Quem sabe de si sou eu
Quem sabe de mim, fonética
Por mais que acabe a sexta
Bagaço da laranja resta
O que chegou com samba, presta
Quem chegou com rap, fresta
Malandro demais, vira político ou festa
Quem não se restringe a novela e artigo, manifesta
(Esse texto possui a formataçao de um Repente: que são textos
cantados com rimas improvisadas )