A mina que cantava rap

Mina que cantava rap

Deu um soul no strap

Vestido azul e leve

As paisagens por cima,

Calça stress

Os vidros fumê, varanda duplex

O medo geral do protesto

Alimentou o improviso fértil

Embolou o riso, projeto

Repentista, flow e métrica

Quebrou serra elétrica

Falou menos, linguagem poética

O dom da rima profética

Quem sabe de si sou eu

Quem sabe de mim, fonética

Por mais que acabe a sexta

Bagaço da laranja resta

O que chegou com samba, presta

Quem chegou com rap, fresta

Malandro demais, vira político ou festa

Quem não se restringe a novela e artigo, manifesta

(Esse texto possui a formataçao de um Repente: que são textos

cantados com rimas improvisadas )

Vinicius Santana
Enviado por Vinicius Santana em 23/11/2016
Código do texto: T5832451
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