O TEMPO DA POESIA (Série Diálogos Poéticos) RLESSA
Houveram tempos sem perdas e danos, completando-se pelas bordas e beiradas alucinadas de fome de uma arte já deturpada de valores entre interesses e poderes.
Houveram tempos sem pressas e perigos, corroborando-se pelas entradas e estradas de nome de uma arte já esmiuçada de calores entre febres e plebes.
Houveram tempos sem posses e rócios, contemplando-se pelas normas e formas alucinadas de nomes de uma sorte já delapidada de sabores entre usos e costumes.
Houveram tempos sem pudores e vergonhas, estagnando-se belas matas e mortes comemoradas de lumes de uma parte já interpelada de saberes entre cores e colares.
Houveram tempos sem paciência e ciência, inundando-se pelas passadas e pisadas incorporadas de pudores de uma corte já deletada de vigores entre folhas e raízes.
Houveram tempos sem passos e danças ritmando-se pelas salas e valas destinadas de senhores de uma morte já delegada de dizeres entre sobras e sombras.
Houveram tempos sem paz e voz, amargando-se pelas investidas e acolhidas de pudores de uma consorte já subjugada de temores entre lume e escuridão.
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JACÓ FILHO, SEMPRE TÃO PRESENTE COM SUAS BELAS INTERAÇÕES:
"O PODER DA POESIA
Com poder de trazer a eternidade,
Pro instante que um verso é lido.
A poesia tem o universo expandido,
No tempo, compasso e versatilidade,
Que surpreende o poeta ter escrito..."
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