MINHAS SOMBRAS (Série Reflexivas) RLESSA /FACURI
Sombras e poemas adentram o cômodo que abriga as sensações do viver, sobra -me a desesperança sendo recriada pelo nublado dia de quem um dia ousou sonhar.
A PELE CLARA ABENÇOADA PELAS CHAGAS DA MEMÓRIA, HOJE RISCADAS EM TEMPOS DANÇANTES E PELAS FACES QUE UM DIA FORA TÉPIDA E LÍMPIDA DE HISTÓRIA.
Ventos clássicos e invernais tumultuam cortinas com janelas de abas serradas, supondo serem eles alados completos e libertos, sorvem o fruto daquilo que desejam os insones em noites aquecidas de memórias.
A VOZ ROUCA VENTA PALAVRAS INAUDÍVEIS PARA OS QUE NÃO MAIS SABEM ESPERAR A VIDA POR CHEGAR PELO FADO DE NÃO MAIS DESPERTAR A CERTEZA DA PROFUNDIDADE DO VIVER.
Salas rompem em solilóquios antes só alcançados pela metáfora do viver e soma-se ao solitário lustre alumiado em velas que cintilam cristais seculares.
SOUBE DOS PASSOS INCERTOS O CORPO E ADENTRANDO CAMINHOS TENTOU ATALHOS PARA REALIZAR SONHOS DE IMPOSSÍVEIS VEEMÊNCIAS E CONTUSÕES CARACTERÍSTICAS EM ALMAS FRATURADAS.
Faces gélidas e pérfidas demonstram nesgas que multiplicam o tempo do viver, pululam-me os tempos que povoaram fomes insaciadas de amanhãs de quem pensou ser poeta.
A MÃO DIMINUTA CONSTITUI FÓRMULAS IMPROPRIAS DE TOQUES EM COLINAS DE HUMANIDADES TARJADAS E FORJADAS DE SÓLIDAS SOLIDÕES.
Arvoredos rompem florestas tecendo inverdades na fronte burlesca da montanha que arrefeceu noites aguardando em vão o alvorecer das folhas orvalhadas do carvalho desnutrido.
PES DESNUDOS DE CAMINHOS SORVEM PASSOS ENTRE PEGADAS JÁ MARCADAS EM ONTENS VIVENCIADOS POR CAMINHANTES SORVIDOS DE HISTÓRIAS.
EM DIÁLOGO COM O POETA DE FACURI