Do décimo sexto andar
Não posso medir o nosso amor,
pelo tamanho do meu gozo,
ou do seu.
ela disse, andando pela beirada da varanda,
do décimo sexto andar... como se tivesse asas
e uma queda não significasse nada.
Engoli seco, mas ela sorriu, e continuou.
As vezes eu preciso de mais.
As vezes eu preciso de menos,
Não que tudo seja insuficiente... ou sufocante.
Eu simplesmente preciso de algo diferente, meu bem.
Assenti com a cabeça e falei que ia ao banheiro.
Menti. eu sei.
Juntei minhas coisas silenciosamente, fui até a cozinha e tomei uma dose da vodka que ela tinha aberto... Peguei o elevador de serviço enquanto ainda sentia a ardência da bebida queimando minha garganta e as palavras que ela disse queimando meus ouvidos.
que se foda, pensei...
depois daquilo tudo, eu também estava precisando de algo diferente.