Bike

Pra frente, olhando de lado, acelerei.

No vermelho, que passa, pulsa, coagula

Vacilei num acaso que o descaso adula.

Caindo, pensei no tarde tão rápido, freei.

Ao chão, pasmado, levantando ligeiro reparei.

Sorriu-me o equilíbrio faceiro que por aí perambula.

Paz passageira no trem da vida pela janela pula.

Que jeito senão sorrir do bobo tombo que levei.

Arisco, arrisco, cambalhota e mão ralada.

Sujei assim meu cavanhaque árabe.

Cair de vez em quando é da vida.

Ombro bendito partiu-se na pulada.

Se sonho fosse, ah, quem sabe

Riria amarelo da bike caída.

Drachir
Enviado por Drachir em 23/08/2016
Reeditado em 25/08/2016
Código do texto: T5736949
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