DESATINOS DO AMOR POÉTICO (Série Diálogos Poéticos) ROBERTA LESSA/STELO QUEIROGA

Eis o poeta a me inspirar:

Se eu quisesse adentrar tal luminescência gozaria da poesia maior?

Mas seu atrevido poetar me absorve deixando-me ao observar.

Eis o poeta a me provocar:

Se eu pudesse fomentar tal efervescência bradaria da alegria maior?

Mas seu entretido alegrar me comove encaixando-me ao admirar.

Eis o poeta a me azucrinar:

Se eu atrevesse acreditar tal decência contaria da alegoria maior?

Mas seu desprovido alegorizar me locomove direcionando-me ao amar.

Eis o poeta a me encantar:

Se eu continuasse sonhar tal acontecência perderia da aporia maior?

Mas seu comovido aportar me promove unindo-me ao imaginar.

Eis o poeta a me rondar:

Se eu pudesse creditar tal essência saborearia da especiaria maior?

Mas seu absorvido especializar me ouve alando-me ao conjurar.

Eis o poeta a me libertar:

Se eu contivesse pesar tal eminência juraria da folia maior?

Mas seu comedido fermentar me aprouve ampliando-me ao universalizar.

Eis o poeta a me judiar:

Se eu atrevesse jurar tal decência esperaria da estrepolia maior?

Mas seu convertido bagunçar me serve saciando-me ao conjurar.

EM DIÁLOGO COM O POEMA "DE PLATÃO À LUMIÉRE", DE AUTORIA DE STELO QUEIROGA.

Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 28/06/2016
Código do texto: T5680802
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