AUSÊNCIA (Série Diálogos Poéticos) ROBERTA LESSA/ TATI SOUZA
NADA OU TUDO HÁ EM VOZES QUE MANDAM?
A ausência silente é para mim um suplício.
NADA OU TUDO HÁ EM VOZES QUE MOLDAM?
A ausência indolente é para mim cansaço nutrido.
NADA OU TUDO HÁ EM VOZES QUE MARCAM?
A ausência inconsequente é para mim embaraço corrompido.
NADA OU TUDO HÁ EM VOZES QUE MEDRAM?
A ausência eloquente é para mim abraço querido.
NADA OU TUDO HÁ EM VOZES QUE MUDAM?
A ausência urgente e para mim espaço perdido.
NADA OU TUDO HÁ EM VOZES QUE MORAM?
A ausência permanente é para mim traço.
NADA OU TUDO HÁ EM VOZES QUE MIRAM?
A ausência quente é para mim espaço preenchido.
NADA OU TUDO HÁ EM VOZES QUE MASCAM?
Em diálogo coma poesia " Quem Sabe?", de autoria de Tati Souza