ETERNO DESNÍVEL POÉTICO ROBERTA LESSA/JACÓ FILHO
Nivelo-me rente às margens do que sou
Nivelo-me quente à arte que me elevou
Nivelo-me poente à deriva do que vou
Nivelo-me carente à forma que estou
No desnível a arte se fez torta e subverteu a forma tornando-se rente, quente, poente, carente até que transmutou em mim e transbordou de sede do incoerente universo que ousa pousar em solo sem a segurança da rima rica ou a popularidade da rima pobre... sou isso: inércia e caminhadas, marasmo e caos, poeira e névoa, cabelos e ventos, boca e língua.
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INTERAÇÃO
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SOMENTE À AGRADECER PELO PRIVILÉGIO DED TER COMO AMIGO O POETA JACÓ FILHO
"APRENDEMOS PRA DIVIDIR
Vi num sonho a grande Mãe na Sub crosta,
E enquanto socorria muitas almas perdidas,
Oxigenava o ar, como se por lá, atrevida,
A gripe também atuasse em sua mesa posta...
Questionei meu tamanho e o tanto a saber,
Ante a luz azul que modificou o ambiente...
Como aquela senhora que agia alegremente,
Pode estar sempre pronta para interceder?
Os espíritos socorridos nem a reconhece,
De tão apagados pela própria ignorância...
Repassei minha vida, e só vi a infância...
E desejei sabedoria com a qual se cresce...
Reconheci o tamanho e lembrei da escrita,
Da Piracicabana que não encarna a verdade,
Mas a busca como eu, não só pra felicidade,
Mas pra dividir com o irmão que necessita..."