ETERNO DESNÍVEL POÉTICO ROBERTA LESSA/JACÓ FILHO

Nivelo-me rente às margens do que sou

Nivelo-me quente à arte que me elevou

Nivelo-me poente à deriva do que vou

Nivelo-me carente à forma que estou

No desnível a arte se fez torta e subverteu a forma tornando-se rente, quente, poente, carente até que transmutou em mim e transbordou de sede do incoerente universo que ousa pousar em solo sem a segurança da rima rica ou a popularidade da rima pobre... sou isso: inércia e caminhadas, marasmo e caos, poeira e névoa, cabelos e ventos, boca e língua.

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INTERAÇÃO

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SOMENTE À AGRADECER PELO PRIVILÉGIO DED TER COMO AMIGO O POETA JACÓ FILHO

"APRENDEMOS PRA DIVIDIR

Vi num sonho a grande Mãe na Sub crosta,

E enquanto socorria muitas almas perdidas,

Oxigenava o ar, como se por lá, atrevida,

A gripe também atuasse em sua mesa posta...

Questionei meu tamanho e o tanto a saber,

Ante a luz azul que modificou o ambiente...

Como aquela senhora que agia alegremente,

Pode estar sempre pronta para interceder?

Os espíritos socorridos nem a reconhece,

De tão apagados pela própria ignorância...

Repassei minha vida, e só vi a infância...

E desejei sabedoria com a qual se cresce...

Reconheci o tamanho e lembrei da escrita,

Da Piracicabana que não encarna a verdade,

Mas a busca como eu, não só pra felicidade,

Mas pra dividir com o irmão que necessita..."

Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 14/04/2016
Reeditado em 17/04/2016
Código do texto: T5604571
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