Sublimação Poética á Symphony no 25 in g Minor, k 183, 1st Movement
Advertência: Preferível lê-la ouvindo a Symphony no 25 in g Minor, k 183, 1st Movement - Mozart
Um sábio hermético ermitão
por reconhecer-se parvo
toca um cordófono violino
letargicamente e delicadamente
na entrada celestial dourada
de um sagrado buraco negro
com fundo amarelo azótico
de obnóxio óxido de oxigênio
sito há infinitos infinitos anos-luz
de uma inexistência atopográfa
de fótons de quanta
convertidos em decibéis
de massa energética
que vibram
a alma
do ar.
Para o decrépito é ...
como o vibrar eterno e mortal
das válvulas cardíacas mitral
dos deuses vibrando em células
de sopros de vida atômicos
que faz os deuses flutuarem
numa valsa pesada...
rápida e desconcertante,
alguns param e saem
para um abismo
Tártaro
e
não
caem.
Os homens bípedes tétricos
em trismos observam em pé
como funâmbulos histriões
nas cordas do violino
que é tocado calmamente
e caladamente pelo
senil
senhor.
Há agora um equilíbrio,
uma paz, o som se torna
compassado e fino,
explosão na crista ressonántica
acelera o toque dêitico...
Silêncio...Silêncio...Silêncio
Silêncio silencioso ...
universo em verso cósmico
transverso similar a um caos
de palavras e notas musicais
que compõem uma sinfonia
poética teoremática teofânica
teogônica teodicéica
de brilhos hierofânicos
resplandecentes eternos,
mundos escuros girandosobre
as claras pupilas esféricas
glaucópidas do velho
que acaricia o violino
com avidez e afina-o
em quintas sol2, ré3, lá3 e mi4;
o sol de lá resfria a lua
que mi aquece o solo
de um caminho só
de sono esquecido dormido
e sonhado em planetas
e esparsos espaços
espessos pesados e
lá requiescat in pace
os homens mortos
que cavalgam cavalos
hipogrifos hipocampos
hipnóticos por deuses
hipocondríacos que morreram
no abismo da valsa lenta
e cadenciomicida
pelos efeitos
dos ledos dedos dos deuses
aplainando as teclas do mundo
como se movimentassem
placas tectônicas
de uma deriva continental
de inacontecência secular,
o caquético toca cada nota
para automatizar os movimentos
vívidos dos ínfimos
e soberbos mesquinhos
infelizes invejosos homens
aqui na terra que foi
dominada pelas notas
do violino que cala pesadamente.
Ressurgem movimentos sutis
de uma condução fictícia
de uma orquestra
que gastava muita energia
do violonista que infatigável movia
o arco nas cordas,
sentia-se cansado
taquicárdico e apnéico.
Assim minha mente percebe
e meus dedos atrasam
que a delicadeza é alcançada
com desgaste antes mental
e
depois,
visto aqui
físico
e
movimentício.
A essência de tudo é o nada,
a ausência de tudo é nada.
Sendo assim, nada é algo
(pois delimita fonética e
linghuisticamente o que
não existe de fato),
e pode ser interpretado,
é sinal que o nada existe
(como pode existir algo
que não de fato existe),
assim chegamos a um paradoxo,
ao que compete a lógica
a matemática
a ciência
filosofia
sociologia
a
ociologia
ao
nada.
Há agora um salutar pulsar
mais forte do pulso perto
violínico senil,
rápido, taquisfíguimo,
repetitivo, ritmado,
verossímil, letífero lenitivo,
repeeeeete, adormece...
rerepetete e não cansa
narcotiza nervo auditivo
como alcalóides
alucinógenos psicolépticos,
golpeia de leve com
cutiladas de marfim
pesado pelas teclas
do piano psicodislépticos,
rerepete, acaricia
o tecido neuronal
axial de axônio
produzindo axiomas
psicoanalépticos
de uma genialidade,
melodia pura,
na busca pelo prazer
e nota musical perfeita
e uníssona, a mão pesada para,
o som fica no ar,
leve, breve,
tudo se repete de novo,
o deus foi embora,
cansou de dançar,
de pensar,
de penar em pesar
e sofrer e sai pelo
buraco negro
que em supernova
se transmuda
em brusca busca
de sua genetriz
que nunca o pariu,
só o velho espreita lentamente,
tudo é lento como o olhar
de um gigante
ao contemplar um átomo... mosca,
o tempo é brandolento,
não temos tempo só temos pó,
as batidas são lentas,
as moscas pousam
e batem suas asas
lentamente para o olhar
de outro ser menos
menor ainda,
em silêncio
repetitivo
e
pesado.
Tudo agora retorna ao útero,
só um homem se desespera
em sua brevidade vida,
de capitalismo e
pensa que não tem prazer,
o que seria isso,
ele perde tempo escrevendo
o nada em seu cérebro
de trilhões de células
deesconexas e lentas,
esperamos que termine
logo,mais a vida
não espera,
as pessoas das órbitas
estão perdidas em
suas cordas de violinos
tristes e sem melodias
e cadencias geniais,
esperamos o silencio de novo,
as teclas do piano
me conduzem como
um escravo que escreve
em sua lápide,
busca apenas o que
as letras apresentam,
não busco outras só o fim.
Toques de passarinhos
chegam a lua,
não produzem muito,
espreitam o velho num
anoitecer cósmico,
o velho violonista se
senta, se sente triste,
mas as moscas
retornam com os gigantes,
os homens quase
mortos tentam se
animar sem ánima,
há agora uma leve brisa
de amor e paz, quedas
de mãos pesaaadas
e puras como as almas
inocentes
de tanto
pecarem,
elas, as almas sobem
e param , fazem um círculo
em lenta parcimônia,
olham para todos os tempos,
todos os passados e futuros
e dão asas às costas,
não estão preparadas
para o hoje,
os homens se decepcionam,
choram, afinal o mundo está sofrível,
todos buscam falsas felicidades,
as almas pisam em teclas no céu,
seguem uma ordem onde as notas
tonais deixam tudo sem harmonia,
isso representa a vida do homem,
seus desejos declarados
e deflagrados pela rápida
e similar tristeza
possante de um amor perdido,
não se sabe qual,
o de deus talvez.
Termina e as almas correm
para as pupilas glaucôpides do velho
que toca seu eterno violino,
ele está e continua sentado
no buraco negro que espera
engolir e regurgitar o homem
que escreve sem saber
o que escreve,
só deixa-se levar pelas
letras sem uma ordem,
sem hierarquia lógica,
como sonatas de pianos
feitas com pedras africanas
de índios que nunca viveram,
as melodias se apresentam
de novo, mais fortes, firmes,
mais intensas
e repepititivo como
um réquiem,
a morte da vida
que superior
a
esta
sobreviverá
à
morte.
Luas bailam,
sóis e planetas
se unem a almas
que saíram
das pupilas
do velho que não miais
toca seu violino,
apenas escuta e canta,
pedindo para que tudo
o que o homem criou
deixe de existir,
estamos decepcionados
com os homens
e suas mesquinhas mesquinharias
que pensam ser felizes,
só há uma felicidade.
É não ser.
Todos na humanidade
buscam a felicidade,
buscam dinheiro
para ter mais dinheiro,
quem sabe ser amado,
mas mais amor é o que importa
de fato ou
o que prescinde
tal amor,
ou seja,
“o material que dá 50 por cento de prazer”,
pois a outra metade é a realização de fato.
O que vale mais
é o que faz esse
amor ser despertado na pessoa?
A felicidade!
Um momento ínfimo
de contatos
de sentidos
que são permeados
por moléculas e
células externas.
Vemos homens,
mulheres correndo
em busca da “felicidade”,
crianças são treinadas
antes mesmo de saberem
se são seres humanos
capazes de amar
ou o que é ser feliz
e como buscarem tal felicidade.
O ancião em sua sapiência
sabe que ela é uma ilusão
de espírito,
todos conduzem-na
dentro de si,
só que não encontram,
pois para tal intento
precisam de fatores
exógenos que expulsem
o que está interno
em total adormecimento
e ao internalizarem
a falsa felicidade
eles dispersam
da interna e pura.
Agora escuto
o soar de virgens
com suas tez
nuas e pratéas,
esperando serem
possuídas pela musica,
assim nascerão ninfas,
mortes deixarão de existir,
só amor e felicidade
eternas e ternas.
Mãos rápidas no pianoforte
fazem fecundar aos úteros
das ninfas que voam
para dentro da cavidade
angular dos mestres
mortos por inanição
e falta de cultura,
os homens que ainda
vivem esperam dançar
ao toque das moscas,
suas delicadezas
que engravidam as doenças,
o magnetismo de cada
humanidade, é assim,
adoece-se para dizer
que viveu,
que esteve aqui e
que valorizou a vida,
somos como moscas
que vivem quinze dias,
outros trinta,
outros sete ... melodias,
notas musicais
efêmeras e delicadas
que pouca gente,
quem sabe o velho
do violino poderá tocar,
espero com rapidez
de pensamento
que eu seja
compreendido,
que busque saber
e deixar de sofrer
com dor de não morrer de viver,
de estar vivo,
serenos eternos
como o infinito planeta
que nunca existiu,
só as órbitas calmas
da vida lunar e secular.
A sinfonia desperta
o violino e cavaleiros
marcham cegamente
entre caldeiras
e arbustos de ouro,
uns descem de suas
moradas divinas
e pedem calma
aos que já estão
na frente,
o dia de cada um chegara,
dirá o velho do violino
místico e orbital,
como os spins de um elétron
que não param
de girar como
a vida incessante
de cada um que já foi,
assim diz o líder
da cavalaria que
se aproxima de um
único Deus,
e ele mesmo,
douto e filósofo
que teme a vida
e seus amigos,
mas ama os infortunados
e a estes está sujeito
a liberar suas armas,
entregar-se perante as
trombetas tronitruantes
de um céu de lua solar,
o ritmo das pegadas
dos cavalos se aceleram,
ao despontar um
servo de longe,
busca água,
pede paz e chora perante
os homens que
cometeram mau,
mataram e nunca souberam amar,
assim o velho filosofo,
filosofa altamente
com seu violino de mãos
e cordas feitas
com pele humanas
e assim o deus
diz aos cavaleiros
que se contentarão
e amarão os homens
que se preparam
para uma sangrenta
e inédita guerra,
o servo já citado,
matou a sede e
matou todos os cavaleiros,
restando somente
um grão de areia
que dança e forma
todas as galáxias
com toda intensidade
de amar a Deus
e nunca mais
deixar os homens
cometerem atrocidades,
só o amor ficará nesta
nova órbita que
de um caos de sangue
nasceu um novo
líder que saiu da terra
como podemos
sempre esperar.
O homem jamais morre,
ele sempre fará parte
das cordas de violinos
de deuses e sempre
serão tocados inversamente
até o medo sumir
com suas vidas,
belas vidas de felicidade.
A sinfonia toca e o piano
fala na gaia máter que
soa em minhas cócleas
que transcrita fala
que numa noite
ao apagar-se o sol
solitário,uma luz
se acende em meu cérebro,
é o sol que brilha
na noite insone
de nome agripinia
e que nas sombras
dos pesadelos secretos
congela em nosso consciente
inconsciente palavras em
forma de poemas que
fazem planetas microscópicos
de cristal colorido girarem
sem se moverem ...
produzindo cores
policromáticas incolores
que ninguém vê,
são astros criados
numa madrugada solar,
apenas uma tênue
linha os orbita em sincronia...
o ar aqui não oxigena,
o som cala, não fala,
as tênebras iluminam
com suas sombras
taciturnas claras.
O calor congela o sol
que muda de cor,
a lua é atraída e traída
pela energia atômica terrestre,
congelada cai com
velocidade superior
ao ano-luz as estrelas
sentem-se ameaçadas
por esta força,
o planeta azul desaluzado
fica cinza,
o átomo indivisível
dividirá a terra partículas
indivisíveis de seres humanos.
Uma célula dança,
será o primeiro ser
que originou-se do grão
de areia que foi liberado
pelo servo que a todos
da cavalaria matou,
a célula dança..
dança e separa-se em duas,
uma macho outra fêmea,
dão-se as mão,
giram...giram...giram...
e dormem ao luar,
na orbita estelar
que libera uma breve luz
que ilumina o casal
celular e estes
se chocam e acasalam-se,
buscam prazer,
o sol, a lua ,
todos os planetas
estão presentes
vendo estas duas
células que germinam
a vida, esta vista
pelo eterno Deus
que toca seu
violino feito
de homens
castigados
que nunca poderão
dançar como aquelas
duas células
que se dividiram
imensamente rápido,
tudo sobre as forças
de corpos celestes,
travando uma batalha celular,
lunar, solar,
o tempo é curto,
a vida ainda não existe,
só uma imensa
e jamais criada melodia
de oboés, flautas,
e um violino
que jamais existiu,
as células travam guerra,
amam-se e
choram lágrimas
de esperma,
choram ambos em forma
de sementes
e a cada lágrima
sai um casal de humanos
que sobre o Deus
tocador de violino
isso iria acontecer
sobre ordens do servo
que no passado matou
e exterminou todos
aqueles
que pregavam a guerra,
homens!!!!homens!!!
diz ao velho que toca
seu imenso e galáctico violino
de cordas humanas
em voz alta...
homens, jamais façam guerra,
amem, e nunca invejem,
a inteligência é a capacidade
de amar-te a vós mesmos,
usem-nas.
As células que
de um forte encontro,
se olharam e viram
que de suas lágrimas
de esperma bradou
um casal de
humanos que
nada ainda sabiam,
foram ensinados
pela mais alta e
resplandecente luz...
uma estrela que
nunca brilhou,
ela nem mesmo apareceu
ainda, é a dançarina estrela
superior ao sol,
que transparece
em sua força jamais vista,
todos olham e
sentem-se absorvidos
por sua destreza
e força de encantar
pelo olhar vivaz e puro,
de uma mulher que
olha para o feto em sua barriga,
um ser que encanta
até mesmo aqueles
que não podem vê-la,
apenas escutá-la dançando
rapidamente e caindo,
repetindo a queda que
sempre volta ao seu
ponto de origem,
isso é amor.
A lua corta os olhares
daqueles que a verem,
há tanta intensidade
que muitos saem,
deuses se ajoelham
perante o velho do violino
que tocava para a lua
ensinar o casal de humanos,
mas estes nada aprendiam,
a vida é complicada e
difícil de ensinar,
todos se perderão
de novo
e nada saberão
da arte de viver,
de conviver em harmonia,
só há uma maneira,
o tempo...parou...
aos poucos o velho do violino
não se enganou e
tocou todas as notas
musicais até então
ao contrário e
tudo foi se desfazendo,
até mesmo as duas
células que se
tornaram a órbita
de onde vieram
e levaram suas
sementes em forma
de lágrimas
e os humanos
deixaram novamente
de existir,
uma infelicidade
sonora saia do
violino do
velho...
assim os deuses
que esperavam
a próxima dança,
choraram e pronto.