ASSIM (Série Diálogos Poéticos) ROBERTA LESSA/LUIZ PINHEIRO

ASSIM SOU

- Sem certezas ou destrezas esperadas

- Sem destrezas ou espertezas desejadas

- Sem espertezas ou durezas negadas

- Sem durezas ou asperezas empregadas

- Sem asperezas ou rudezas engajadas

- Sem rudezas ou belezas alcançadas

- Sem belezas ou certezas encontradas

ASSIM SOOU

- Entre longos momentos a poesia se criou

- Entre mudos pensamentos a poesia se gerou

- Entre insanos tormentos a poesia se findou

- Entre cálidos sentimentos a poesia se estruturou

- Entre secos sedimentos a poesia se fartou

- Entre puros contentamentos a poesia se mirou

- Entre afáveis condensamentos a poesia se aprofundou

ASSIM VOU

- Sendo fonte e enfrentamento sem nada esperar

- Sendo medo e fortalecimento sem nada lucrar

- Sendo memória e esquecimento sem nada anotar

- Sendo pedra e apedrejamento sem nada opinar

- Sendo cria e acasalamento sem nada recriar

- Sendo caminho e distanciamento sem nada alcançar

- Sendo espinho e florescimento sem nada deixar

ASSIM DOU

- Observando a quem e por quem devo auxiliar

- Aquecendo por quem e de quem levo sonhar

- Entristecendo de quem em quem elevo alcançar

- Emudecendo em quem à quem relevo pulsar

- Tecendo à quem com quem atrevo pisar

- Amadurecendo com quem mais quem entrevo usar

- Temendo mais quem a quem descrevo pulsar

ASSIM VOOU

- Por sorte, a morte de quem nada soube do voar

- Por morte, o norte de quem nada soube do amar

- Por norte, o porte de quem nada soube do pensar

- Por porte, o corte de quem nada soube do cala

- Por corte, o forte de quem nada soube do falar

- Por forte, o exorte de quem nada soube do olhar

- Por exorte, o aporte de quem nada soube do mirar

- Por aporte, a sorte de quem nada soube do ocultar

ASSIM ESTOU

- Nua entre a poesia e a estria do pensamento

- Crua entre a estria e a mestria do esquecimento

- Sua entre a mestria e a ousadia do ensinamento

- Mútua entre a ousadia e a alegria do ajustamento

- Ingênua entre a alegria e a utopia do isolamento

- Assídua entre a utopia e a entropia do acomodamento

- Fátua entre a entropia e a orgia do sentimento

ASSIM ENTOOU

- O canto ferozmente articulado pela vida

- O espanto sutilmente estipulado pelo homem

- O encanto felizmente vitimado pela forma

- O pranto ausentemente estressado pela norma

- O acalanto arduamente constrangido pelo gosto

- O manto extremamente contraído pelo pulso

- O adianto fortemente emergido pela força

Mais uma vez esperadamente surpreendente e de nível metafísico que nos acolhe e incita à reflexão. Nova gratidão.

EM DIÁLOGO COM A POESIA "EU E EU" DE AUTORIA DE LUIZ PINHEIRO

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JACÓ FILHO QUE RIQUEZA SEU POETAR, UMA VIAGEM Á DIMENSÕES INIMAGINÁVEIS:

"?MONÓLOGO INTERIOR?"

Sem a beleza que sonho nem a esperteza que queria,

Sinto-me buscando a estrutura que sei, devo possuir...

E do pouco que aprendi já começo a me reconstruir,

Pra ser autêntico e equilibrado ao raiar do enésimo dia...

Entre os engenhos dos mais renomados pensadores,

Vou atrelando o espírito às sutilezas e engrenagens...

Adquirindo conhecimento e formalizando imagens,

Cujas gravuras em poemas, evocam os seus autores...

Pesando o que dou e recebo, pra sabedoria ser baliza,

E de ninguém tirar mais que mereço, dei ou suporto,

Calo-me pra ouvir, e crescer dividindo o pão nosso...

E pra não me perder, sigo o que a verdade sinaliza...

Escravo da intuição, olho quem soube por amor, voar,

E descubro que morrer é não saber do amor, ou pensar...

Que a vida é a eterna busca do que alma tem a ocultar,

E assim vou me questionando, se algum dia vou parar...

Ainda preso entre mestres, doutrina, matéria e poesia,

Impondo humildade no aprender e ousadia ao ensinar...

Estou vivendo ingenuidades, com a desculpa de ajustar,

A grande jornada até que venha torná-la uma utopia...

E quem sabe esta luta espantosa vire UM canto sagrado,

E tenha a pulso, o manto que a qualquer estres, vença...

E a sabedoria supere a força, depois de suprir a crença...

E liberto do físico e da forma, tenha Deus ao meu lado..."

GRATA...

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EM SUA INTERAÇÃO INTRANQUILAMENTE AGUARDADA, MEU QUERIDO MARCUS RIOS ME ABASTECE AMOROSAMENTE COM SEU TÃO BELO POETAR:

"NUNCA SILENCIAREI O MEU CORAÇÃO

Poderia eu esse modesto e humilde poeta querer um dia silenciar este meu coração, creio que não, porque o meu peito em versos se satisfaria.

Então verso.

Poderia eu querer abandonar a minha cicatriz e ficar sofrendo sem amor,Sei que o meu olhar nunca se desvelaria em sonos.

Então crio.

Poderia eu querer ao menos findar esta minha inquietação do meu coração,Vou percebendo que se eu me calar muitas coisas eu revelaria em criação.

Então observo.

Poderia eu em minhas palavras de amor querer distanciar deste universo,Acho que eu ficaria louco e me perderia entre muitas observações

Então nego.

Não tem como eu querer ludibriar este meu poetar,Sem ao menos cantar uma música que fale de amor aos seus ouvidos.

Então rimo.

Porque eu iria estancar o meu pulso se o amor é divino,Fazendo com que a cada palavra que eu diga, transforme-se em rimas.

Então escrevo.

Poderia eu no meu humilde poetar unir o amor em versos,Para que este meu desejo apenas se unisse e revelasse em escritas do amor.

Então versejo.

Por ser esta pessoa maravilhosa que dita à beleza em minha página, com este coração cheio de palavras lindas, vou tentando poetar divinamente o amor para Que possas sentir-se admirada amiga por este seu amigo e poeta do amor.

Marcus Rio ou simplesmente Marcus Amorosus Rios, carinhosamente chamada por ti amiga dos versos lindos."

MARCUS AMOROSUS RIOS, QUE BOM RETORNAR EM MEU ESPAÇO, EM MEU CORAÇÃO POÉTICO, QUE BOM QUE POSSO NOVAMENTE CONTAR COM SEUS ALENTOS POÉTICOS. GRATIDÃO MANSA, IMENSA E INTENSA.

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Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 28/03/2016
Reeditado em 30/03/2016
Código do texto: T5587072
Classificação de conteúdo: seguro
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