Sobre Vera

Os olhos dela, como duas brasas

queimavam tudo ao redor.

A presença magnetica daquela mulher

era o suficiente para incendiar o ambiente.

Mesmo que ela não percebesse,

todos ao seu redor a olhavam instantaneamente.

Talvez ela percebesse e para ela aquilo ja fosse natural.

mas eu duvido.

O encanto vinha do ar de inocência, misturado à despreocupação e liberdade que ela exalava.

Não que ela fosse de fato inocente. Nesse mundo todo mundo é culpado de alguma coisa.

E tenho certeza que ela carrega nas costas uns tantos pecados.

Uns divertidos, outros não.

E sua despreocupação eu sei que era momentânea.

Só de vez quando ela decidia esquecer do mundo e do peso de suas responsabilidades,

e ai queimava.

Queimava a si própria, e queimava os outros,

a quem amava, quem trazia para o seu universo,

de juventude e poesia,

entre outras coisas.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 23/03/2016
Reeditado em 23/03/2016
Código do texto: T5582693
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