Poesia atípica: IMPLOSÃO
Era uma casa sem fundamentos,
Tão bem pintada,
Bem maquiada,
Mas não podia soprar os ventos,
Tudo tremia,
Convalescia.
E tinha ares palacianos,
Mas falcatrua
Por lá atua;
Gente lesada, ano após anos...
Não tinham pejo,
Vê, quanto aleijo!
Mas, ó que casa de base instável,
Lá, tudo treme,
Por tudo geme.
E chegam dias de ventania,
Sem fundamentos,
Rui tudo... Atentos!
A turba alegre, sorri contente
Findam seus dias
De revelias.
Meio a protestos, seguindo em frente,
Ruas invade.
Vence a verdade!
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Paradoxalmente, poesia sem regras já segue a regra que é sem regra.