BORBOLETRANDO POESIAS (Série Diálogos Poéticos) ROBERTA LESSA/FÁBIO BRANDÃO

SOUBE DAS ASAS,MAS NÃO MAIS EXISTIA MIGRAÇÃO.

E quando as borboletas chegarem, deixem-nas voarem.

E POR ASSIM SER ALADOS DORMITAMOS EM VÉUS.

SOUBE DAS ASAS E NÃO MAIS COLIDIA INFORMAÇÃO.

E quando as borboletas partirem, deixem-nas aderirem.

E POR ASSIM LER CALADOS VISLUMBRAMOS EM CÉUS.

SOUBE DAS ASAS E NÃO MAIS TRANSMITIA EVOLUÇÃO.

E quando as borboletas voarem, deixem-nas serem.

E POR ASSIM CRER AMADOS ACREDITAMOS EM RÉUS.

SOUBE DAS ASAS E NÃO MAIS OCORRIA MUTAÇÃO.

E quando as borboletas seguirem, deixem-nas prosseguirem.

E POR ASSIM DETER PARADOS CONQUISTAMOS TROFÉUS.

SOUBE DAS ASAS E NÃO MAIS PERMITIA TRANSFORMAÇÃO.

E quando as borboletas pararem, deixem-nas urdirem.

E POR ASSIM SORVER FALADOS UTILIZAMOS CHAPÉUS.

SOUBE DAS ASAS E NÃO MAIS ALCANÇARIA CONSTELAÇÃO

E quando as borboletas sorrirem, deixem-nas curtirem.

E POR ASSIM TER ABALADOS DESEJAMOS PITÉUS.

SOUBE DAS ASAS E NÃO MAIS ADENTRARIA DIMENSÃO.

E quando as borboletas somarem, deixem-nas acasalarem.

E POR ASSIM VER VINGADOS REITERAMOS LABÉUS.

DIÁLOGO COM A POESIA "BALÉS DAS BORBOLETAS" DE AUTORIA DE FÁBIO BRANDÃO.