APEGOS QUE PEGAM (Série Poema no Poema - Geração VII) ROBERTA LESSA

ENFRENTANDO FRENTE PERDE-SE INFINITOS PODERES.

Apego-me à fatos pequenos e os grandes tornam-se longínquos, quase impossíveis.

Impossivelmente esse apego é ato falho onde talho na face as marcas de tais fatos.

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CONFORTANDO FORMA AQUECE-SE FONTES DOS FAZERES

Apego-me à medos insanos e os saudáveis tornam-se oblíquos, quase extinguíveis.

Inextinguivelmente esse apego é fato tolo onde jorra na fonte a sorte de tais contratos.

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SOMANDO ESTRADA ACESSA-SE SELETOS SABERES.

Apego-me à seres mundanos e os inesgotáveis tornam-se supérfluos, quase adaptáveis.

Incessantemente esse apego é contrato onde medra no olho as sortes de tais confortos.

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TRAMANDO PALAVRAS GERA-SE NOVOS PODERES.

Apego-me à atos puritanos e os libertáveis tornam-se resíduos, quase memoráveis.

Inegavelmente esse apego é conforto onde cala no pensamento as lidas de tais acertos.

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URDINDO CORES SABOREIAS-SE TODOS QUERERES.

Apego-me à fatos tacanhos e os inexoráveis tornam-se recuos, quase degustáveis.

Indubitavelmente esse apego é acerto onde perde no tempo as linhas de tais apertos.

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CAIANDO PAREDES ALVEJAM - SE MAUS OLHARES

Apego-me à propósitos medianos e os consideráveis tornam-se exíguos, quase imperceptíveis.

Inconsistentemente esse apego é aperto onde turge na espera as formes de tais partos.

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MEDINDO FORMAS ATERRA-SE CANTANTES DIZERES.

Apego-me à deuses levianos e os memoráveis tornam-se descontínuos, quase deléveis.

Incansavelmente esse apego é parto onde cresce na sede os desejos de tais furtos.

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JACÓ FILHO, DEIXA LUZ EM NOSSOS ESPAÇOS POÉTICOS, ADENTRA ASSERTIVAMENTE EM NOSSO POETAR E SOMA AO QUE FIZEMOS, TECENDO NOVA AURA AO QUE ESCREVEMOS. POR ISSO MINHA ENORME GRATIDÃO:

"apego-me as veredas que sua obra descortina na selva do conhecimento, na luz que ela gera apontando novas formas e manifestações em dimensões que ainda desconheço...

Apego-me a esse vício que me cura da mesmice... Obrigado por dividir conosco o ouro de seu talento... "

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