INDEFINIÇÕES (Série Diálogos Poéticos) ROBERTA LESSA /JACÓ FILHO
COMO DEFINIR O INDEFINÍVEL?
- Houveram tempos idos que as definições eram condicionadas às limitações de quem falava: tornava-se verdade muitas vezes aquilo que era tão somente aparente e muitas vezes inconsistente.
ERAMOS TODOS EMOCIONAIS, MAS ... SERÁ QUE AINDA O SOMOS?
COMO TRANSFERIR O INTRANSFERÍVEL?
- Houveram tempos idos que as emoções eram atadas às condições de quem comandava: torna acabar-se unidade muitas vezes aquilo que era tão somente inconstante e muitas vezes inconsistente.
ERAMOS TODOS CAMBIÁVEIS, MAS ... SERÁ QUE AINDA O SOMOS?
COMO ADMITIR O INADMISSÍVEL?
- Houveram tempos idos que as condições eram raciocinadas às prisões de quem ludibriava: tornava-se veracidade muitas vezes aquilo que era tão somente distante e muitas vezes ambivalente.
ERAMOS TODOS SERVIÇAIS, MAS ... SERÁ QUE AINDA O SOMOS?
COMO PREVENIR O IMPREVISÍVEL?
- Houveram tempos idos que as razões eram privadas às implicações de quem lutava: tornava-se igualdade muitas vezes aquilo que era tão somente condicionante e muitas vezes contundente.
ERAMOS TODOS CONHECEDORES, MAS ... SERÁ QUE AINDA O SOMOS?
COMO REDUZIR O IRREDUTÍVEL?
- Houveram tempos idos que as privações eram reveladas às convicções de quem liderava: tornava-se vontade muitas vezes aquilo que era tão somente massificante e muitas vezes intermitente.
ERAMOS TODOS EXTERMINÁVEIS, MAS ... SERÁ QUE AINDA O SOMOS?
COMO ALCANÇAR O INALCANÇÁVEL?
- Houveram tempos idos que as revelações eram aproximadas às divagações de quem cultivava: tornava-se reciprocidade muitas vezes aquilo que era tão somente dilacerante e muitas vezes recorrente.
ERAMOS TODOS BUSCADORES, MAS ... SERÁ QUE AINDA O SOMOS?
COMO NARRAR O INARRÁVEL?
- Houveram tempos idos que as aproximações eram definidas às interlocuções de quem silenciava: tornava-se cumplicidade muitas vezes aquilo que era tão somente alienante e muitas vezes incoerente.
ERAMOS TODOS LIMITADOS, MAS ... SERÁ QUE AINDA O SOMOS?
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JACÓ FILHO, DEIXA LUZ EM NOSSOS ESPAÇOS POÉTICOS, ADENTRA ASSERTIVAMENTE EM NOSSO POETAR E SOMA AO QUE FIZEMOS, TECENDO NOVA AURA AO QUE ESCREVEMOS. POR ISSO MINHA ENORME GRATIDÃO:
"ONTEM e AMANHÃ"
Houveram tempos que julgávamos apesar da pobreza dos arquétipos,
E exatamente pela falta de referências, abundávamos em certezas...
Houveram tempos que imaginávamos Deus como um ser antropomórfico,
E por não ter o arquétipo adequado, o fizemos com a nossa beleza...
Houveram tempos que nossas buscas se limitavam a visão a olho nu...
E por ser tão pequeno nosso universo, o dominávamos como realeza...
Passado esse tempo e dada atenção as profecias e as vidências,
Avançamos em filosofia e ciência exatamente pela força da incerteza...
Vivemos um tempo, que pelo tanto apreendido, vislumbramos a inocência...
E pelo sonho de voltarmos a essa essência, evoluímos apesar da lerdeza..."
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