O RAPAZ DE OLHOS VIDRADOS-Poema Crônico Atípico-79
OLHOS VIDRADOS
O rapaz olhou para a moça,
Não resistia àquele charme,
Não tinha mais aquele time,
Nem um corpo escultural.
Seria até para estar em alarme
Teias para seu ego, não que falhe,
E logo quer que ela lhe fale,
Palavras de amor ao seu ouvido.
Sua voz era macia feito veludo,
Atraente encanto, amoleceu,
Aquele garanhão, nada normal,
Pois era convencimento puro.
Ali ele ia ao chão literalmente,
Nada da moça lhe dar trela.
Como pode ser tão imprevidente,
Este coração é inconveniente.
Ele que se gabava das beldades,
Que conquistava por onde andava.
Grande galã sempre se julgou
Não queria dar o braço a torcer
Pois na verdade nunca amou.
Agora o destino lhe prega peça,
Como sair dessa armadilha,
Que lhe pregava aquela guria.
Que lhe encantava todo dia.
E agonizava pensando nela,
Levava até flores pra ela,
Bombons, mimos e bilhetinhos.
Sua vida não era mais uma aquarela,
Pois seus olhos tanto brilhavam,
Ficavam virados e vidrados por ela.
Não via saída para o caso,
Não sabia a receita certa de despertar.
Naquela menina uma paixão...
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Estilo e criação Ana Lucia S Paiva.