O ÚLTIMO HOMEM A VAGAR SOZINHO PELA TERRA PT1 (CONTO POÉTICO)
O último homem a vagar sozinho pela Terra
Parte 1: Desejo
Um coração cheio de dor!
Talvez esse seja o principal problema dos homens fracos
Que não suportam os momentos adversos
E sucumbem os desejos (realizados e dispersos).
Esse nosso homem
Sofreu dores em teu coração
Riu e chorou sangue
Perdeu o rumo... a direção.
A dimensão do certo ou errado
Acreditou que nunca estaria curado
Então se entregou.
Pegou uma faca enferrujada
Com os olhos cheio de vazio mirou o céu
Apontou-o como o culpado dos próprios erros
(por vezes não cometidos)
E gritou:
_Céus! Você me amaldiçoou com um coração que nunca amou
Não entendo os seus planos
Mas minha vida é livre
E Eu, abdico essa minha maldição!
Enfiarei essa faca em meu coração
_Você não sabe o que deseja meu não tão jovem...
Disse um anjo sem face, e com asas negras de brilho branco
_quem pensa que é, para assim se intrometer?
_Meu não tão jovem rapaz,
Se o que você procura é paz
Tenho algo a lhe oferecer pelo seu coração.
Ofereço-lhe vida eterna sem dor
Tudo em troca do calor que está para colocar em minhas mãos?
O não tão jovem rapaz, transtornado e motivado
Não hesitou, aceitou a proposta que a morte lhe ofereceu
E o seu coração a ela concedeu
E assim o ritual começou.
A morte com a ponta de sua foice refletia a vida daquele rapaz
Enquanto a outra mão perfurava o seu peito
O Rapaz gritava de dor,
E quando finalmente a morte tocou
O rapaz o chão veio tocar...
A morte colocou-se a voar
E já seguindo a sua direção
Disse para o não tão jovem rapaz:
_Conviva agora com esse buraco em teu peito...
_ Eu já convivia com ele há tempos
Assim respondeu e desmaiou...