De grão em grão [99]

PREOCUPAÇÕES EXAGERADAS

A maioria das nossas preocupações é inútil. Porque nos preocupamos com todas as possibilidades e alternativas, pelo sim e pelo não, pelo que pode, pelo que não pode e pelo que talvez possa. Sendo que apenas uma dessas situações ocorrerá. Caso aconteça. Porque também pode muito bem não se passar nenhuma delas...

Preocupação é sinal de responsabilidade, seriedade e comprometimento. Mas também pode ser neurose, desequilíbrio e insegurança. Preocupar-se demais causa dores físicas.

É claro que o fato de nos preocuparmos com alguma coisa nos faz pensar, nos movimenta rumo à solução, nos exige providências. Além disso, não nos preocupamos porque queremos, mas porque esse sentimento tem vontade própria no nosso coração. O faz palpitar, acelerar, apertar dentro do peito, amargurar.

Tudo por causa de uma probabilidade... que muitas vezes nem acontece.

Sofremos à toa. Gostamos de sofrer? Ou não conseguimos nos livrar do sofrimento obrigatório?

Até quem não se preocupa sofre sim. Com as pressões dos preocupados de plantão, com a consciência depois que acontece algo muito fora do esperado ou mesmo com o medo de se preocupar.

Inutilidades inevitáveis.

Deveria haver uma forma de sofrer só depois, nunca antes. Isso economizaria muito sofrimento. Sofreríamos apenas quando necessário e somente se a alternativa ruim se concretizasse, e não com o medo do improvável que não se sucede, com o impossível disfarçado ou simplesmente com bobeiras.

É melhor eu parar de me preocupar se me preocupo demais.

Hélio Fuchigami
Enviado por Hélio Fuchigami em 28/07/2015
Reeditado em 28/07/2015
Código do texto: T5326538
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