QUID RETRIBUAM DOMINUM? (LUXSONS - LXI)
“QUID RETRIBUAM DOMINUM?”
(LUXSONS – LXI)
Sempre que me ponho a meditar,
vejo o quanto a vida tem-me dado
contra inesperadas intempéries!
Mais do que carinho, foi cuidado.
Tive resistências e vitórias…
Foi milagre o de haver superado.
O sol que brilhou em minha vida,
no resplendor de cada manhã,
nem sempre alvoreceu a sorrir,
eclipsando-me a alma sã.
Mas uma luz maior e mais forte
Erguia-me o astral, em meu afã.
Foram tantos os tombos levados
sob o peso do quotidiano…
Na batalha da sobrevivência,
chega até a ficar desumano.
Sofre o corpo e reflete no espírito…
Quantas vezes, bateu desengano!
Mas com sorte, venci os desvãos
e na base da fé me sustento.
Levantar-me de cada tropeço
tenho a força maior a contento.
Se demora então, mas não falta
ao ouvir o meu triste lamento.
E penso: “Quid retribuam Dominum”
por sua presença em minha vida?
Clamarei e renderei louvores
de forma verdadeira e incontida.
Na minha casa, Sua morada
será bem-vinda e será querida.
Para retribuir ao Senhor?
Meu preito de eterna gratidão
em me ungir com Sua misericórdia.
Do mais profundo do coração,
darei graças e sempre O bendirei
por tanto zelo, amor, proteção!
***
Maria de Jesus A. Carvalho
Fortaleza, 21/05/2015