De grão em grão [93]
Cheguei à conclusão que nós moramos dentro do nosso coração. Pois o coração define tudo. O que existe nele se manifesta, predomina, se materializa.
O dono de um coração feliz contagia a todos com a sua alegria. Já um coração amargo só espalha veneno, aspereza, infelicidade. O coração manda e a cabeça encontra a razoabilidade para obedecer.
O coração é a lente pela qual o cérebro enxerga, analisa, julga e conclui. O argumento de quem gostamos sempre faz mais sentido do de quem não queremos nem ouvir a voz. O coração cria a predisposição a compreender, a aceitar, a concordar. E tudo faz perfeitamente sentido.
Já fui a lugares que eu pensava que eram tristes, frios e nada acolhedores. Mas foi porque frequentei numa época em que vivia com o coração apertado. Muitos anos depois, quando voltei e meu coração era outro, me senti feliz e realizado no mesmo lugar.
Assim é com os lugares, as pessoas, as ideias, as épocas da vida. Tudo depende do que tem no nosso coração.