As abelhas do meu Jardim também querem ser felizes

Página 37 do livro Vendem-se Canetas para Escritores

As abelhas do meu Jardim também querem ser felizes

“Por alguns minutos. O zumbido da sua lembrança me deixa em paz.

E a vida navega em Paz e Feliz.”

Em algum Jardim numa fenda entre o tijolo a massa e o concreto a abelhas escolheram ali para serem felizes. As flores da abobora lhe servem para uma eternidade...

As abelhas do meu Jardim também querem ser felizes...

Liberdade...

Aurora desce uma escada e cada degrau que ela desce desaparece. Na pressa da sua pequena fuga, da sua bagagem caem lembranças, tristezas, momentos de raiva e tranquilidade, o colete branco de ajudante de mágico cai no eterno. E se transforma num satélite natural de algum planeta. Lembranças caem nos degraus que não existem mais. Não há mais como subir ou voltar.

Apenas ir...

Os motivos estão certos! A motivação não... Desce, corre pela escadaria, as flores do seu vestido vermelho se soltam no espaço, na dúvida do futuro que lhe espera.

Tem dias que é o dia perfeito para ir embora! Viver aquilo que nascemos para ser Aurora

Renova-se todas as manhãs ao amanhecer! Voa para o céu anunciando a chegada do amanhecer colorido. Nosso mundo precisa que vá.

Às vezes, o canto que se observa a vida é que está errado. Basta mudar o canto e olhar por outro prisma. As abelhas querem ser felizes... Não importa a fenda... O Espaço... O satélite natural que rege forças do planeta... Eles querem ser felizes.

Em algum momento da vida podemos ser o vilão ou herói de alguma história que está sendo escrita agora? Isso não pode ser definido simplesmente pelo nosso desejo de ir...

De querer ser feliz... Como as abelhas...

No fim da escada que não existe mais. Com a mão no trinco ela abre a porta os pulmões num suspiro profundo...

Rafão Miranda
Enviado por Rafão Miranda em 13/03/2015
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